Campeões brasileiros na 2ª divisão: dirigentes têm que ser realistas com os torcedores
As possibilidades de o Botafogo escapar do rebaixamento são mínimas, meramente teóricas. O time perdeu 12 de seus 13 últimos compromissos, precisaria, portanto, de uma recuperação além do improvável , algo inimaginável.
O Coritiba reagiu nos últimos jogos. A chegada do treinador paraguaio Gustavo Morínigo foi acompanhada da vitória sobre o Vasco, no Rio de Janeiro, e na que escapou diante do Fluminense nos 3 a 3 de quarta-feira. Mas parece muito tarde para a sonhada virada.
Já o Goiás deu sinais de vida, saiu da lanterna, até que, derrotado pelo Flamengo (3 a 0) e Ceará (4 a 0), parece não ser capaz de ir além. O retorno à Segundona na temporada da volta à primeira divisão é, tudo indica, questão de tempo.
+ Confira a classificação completa do Brasileirão
Com três times aparentemente condenados ao rebaixamento, surge a luta para escapar desse castigo, por mais que seja merecido em determinados casos. O Vasco, por exemplo, voltou para o Z4 após duas derrotas consecutivas, a mais recente de goleada: 4 a 1 para o Red Bull Bragantino.
Vanderlei Luxemburgo retornou a São Januário com o time precisando de um só ponto para deixar a “zona da confusão”. Então fez quatro, mas perdeu os seis seguintes. Dos 12 pontos disputados sob seu comando, a equipe somou um terço apenas após a chegada do treinador. E assim já está de volta à região do rebaixamento.
Bahia e Sport, cada vez mais ameaçado, assim como o Fortaleza, agora menos pressionado depois de vencer o Santos, completam o grupo de times que tentam desesperadamente se afastar do 17° lugar. Obviamente pelo menos um deles não se salvará, com boas chances de ser mais que já ganhou o campeonato brasileiro da Série A.
Mas o que fazer nessa situação? O que dizer à torcida? Está na hora de presidentes desses clubes serem diretos e realistas com seus seguidores sofredores. Assumir que o cenário é ruim (em alguns casos desesperador) do ponto de vista financeiro.
Necessário dizer que a reconstrução será lenta e a volta à principal divisão deve ser bem planejada, para que o time não pareça um Ioiô. Até pelo risco de a situação piorar, se transformando em uma espécie de Ioiô quebrado. E não subir mais.