Athletico pagou caro por não ter estratégias. E foi goleado pelo Galo nas finais
A contratação de Alberto Valentim pelo Athletico na reta final da Copa Sul-americana e também da Copa do Brasil nunca foi fácil de entender. Com o time bem em duas competições, por que ele foi o escolhido?
Trabalhos recentes não o credenciavam a essa ótima oportunidade, tampouco seu estilo combina com a forma de jogar que o clube abraça há algumas temporadas. Mas ele apareceu no CT do Caju e foi em frente.
É evidente que ao eliminar o Flamengo nas semifinais da Copa do Brasil, no Rio de Janeiro, fazendo 3 a 0, Valentim ganhou pontos. Assim, os tropeços no Campeonato Brasileiro que colocaram o time perto do Z4 ficaram de lado.
Mas nem todos os times são mal treinados como era a equipe então comandada por Renato Gaúcho. A estratégia, comum, pobre, de se fechar e fazer o tempo passar em busca de uma eventual vantagem não daria certo sempre, como funcionou no Maracanã.
É verdade que o Athletico foi prejudicado por um pênalti mal marcado em Belo Horizonte, que permitiu ao Atlético Mineiro abrir o placar, adiante ampliado para 4 a 0. Mas o Furacão estava acuado e ficou sem finalizar até os 43 minutos de partida. Pouco.
No jogo de volta, na Arena da Baixada, mais uma vez os rubro-negros tiveram motivos para queixas, com o polêmico gol anulado de Pedro Rocha quando o placar estava em branco. Até agora não consegui ver o tal toque de mão.
Mas o time já entrou em campo perdendo por 4 a 0, porque se contra o Flamengo fez 1 a 0 e ficou confortável para colocar seu plano em ação, diante do Galo foi o inverso. E a exposição do time de Valentim foi algo muito claro.
A cabeçada de Marcinho para trás e a completa desorganização defensiva da equipe na jogada que permitiu a Keno marcar o primeiro gol do jogo em Curitiba chamou a atenção. Na pratica, o título estava perdido, o jogo não. Placar final agregado: 6 a 1.
Resta saber o que o Athletico planejará para 2022. E se alguém será capaz de explicar ao torcedor o que levou o clube a contratar um treinador de perfil diferente daquilo que, aos poucos, vinha se transformando em característica de jogo do time.