Coxa eliminado pela segunda vez em 2024. Algo mudou com a SAF?
O tempo e o gol são os artigos mais importantes do futebol. Quanto mais tempo há para se executar determinado projeto, maior a probabilidade de sucesso a longo prazo.
Ambos, porém, estão correlacionados. Sem gol, sem resultado imediato, nenhum trabalho resiste no fim das contas. A pressão é do próprio tempo, que se transforma em contagem regressiva para o fim – e depois um recomeço.
O Coritiba, incansavelmente, se afunda nesse ciclo vicioso há anos. A venda da SAF para o fundo de investimentos Treecorp, anunciada em 9 de maio de 2023, teoricamente marcaria uma nova fase no clube.
"O próximo passo dessa revolução depende da profissionalização que somente a SAF pode oferecer. Com profissionais remunerados e com dedicação exclusivas, geridos por um investidor profissional, a SAF do Coritiba estará apta a alçar voos maiores ao escalar as boas práticas implementadas nos últimos anos com novos investimentos e parcerias estratégicas", comunicava o vídeo institucional clube na época da venda.
Quase um ano depois, a olho nu, nenhum torcedor pode dizer que algo mudou no Coxa. Eliminado na semifinal do Paranaense, o time foi pior que o competente Maringá – que disputa a Série D – em 180 minutos.
Faltou tudo. Em pleno Couto Pereira, o dono da casa não jogou, nem competiu o suficiente para avançar à final. Na Copa do Brasil, há pouco mais de um mês, o algoz foi o Águia de Marabá. A diferença é que o roteiro aconteceu em uma partida, longe de Curitiba.
Se as coisas mudaram na Era SAF e há confiança na linha e condução do trabalho, o técnico Guto Ferreira vai permanecer para o início da Série B. Caso a relação tempo e gol seja novamente implacável, um novo treinador chegará para começar a preparar a equipe para o principal objetivo da temporada.
Até a estreia contra a Ponte Preta, fora de casa, o espaço é de quatro semanas. A hora da decisão é agora. O reflexo da escolha vem descoberto no fim de novembro.