O complexo de perseguição de Petraglia está rebaixando o Athletico
Não existe espanto com a entrada do Athletico na zona de rebaixamento do Brasileirão, selada após o vexame diante do Corinthians. Qualquer um que conhece o mínimo de futebol sabe que o time está cumprindo com louvor toda a cartilha necessária de quem pretende jogar a Série B em 2025.
O fundo do poço ainda não chegou, mas se aproxima galopante por causa do complexo de perseguição que o presidente Mario Celso Petraglia aparenta sofrer. Com problemas de saúde, o líder atleticano, como se sabe, não pode estar presencialmente na rotina do clube. E mesmo consciente de que não pode frequentar o CT do Caju, não deixa ninguém tomar qualquer atitude para mudar o curso, seja lá qual for.
Quem ousa decidir contra as vontades de Petraglia não permanece – vide o caso do CEO Alexandre Leitão. Já quem abaixa as orelhas e age como cordeirinho, sempre dizendo amém, não só fica, como também se beneficia de tudo o que o moderno e estruturado Club Athletico Paranaense pode oferecer a seus profissionais remunerados.
Não precisa nem ter formação muito complexa para ocupar cargos com alto poder de decisão, viu? O principal requisito sempre foi adular MCP. Assim, o vanguardista Athletico nunca se afasta de seu intrínseco amadorismo.
A arte de bajular, aliás, também é essencial para fazer parte do Conselho Deliberativo atleticano. Salvo algumas exceções, o que se vê lá dentro é um grupo de adoradores que, ao invés de se preocupar com questões importantes, criou um clima hostil os poucos contrários à alteração do nome do Estádio Joaquim Américo Guimarães.
Mario Celso Petraglia fez muito pelo Furacão, impossível negar. Agora, o medo de ser traído coloca em risco tudo que construiu. E é bom lembrar que, entre as diferenças de ser e estar, o Athletico é maior do que todos que o construíram.