Athletico segue firme no plano de transformar seu centenário em piada
Eliminado pelo Vasco nas quartas de final da Copa do Brasil, o Athletico deu mais um passo para tornar seu centenário uma piada. Como pode uma equipe, diante do apoio de 34 mil torcedores, transformar um então sólido 2 a 0 (com um jogador a mais desde os 41 minutos do primeiro tempo) em uma emblemática eliminação?
Primeiro, falemos do jogo em si e dos erros que o Furacão insiste em cometer. O time comandado por Martín Varini vive uma preocupante espiral de incompetência.
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As duas viradas sofridas para esse mesmo Vasco, que compensa seus buracos defensivos e baixa qualidade técnica com superação, mostram um grupo de atletas esfacelado mentalmente. Depois da lesão de Fernandinho, que era a diferença técnica e fonte de confiança para o elenco, o Athletico simplesmente derreteu.
Em 51 minutos na etapa final, fez muito pouco para evitar as penalidades máximas. Quando criou, parou em suas próprias limitações de finalização ou em defesas do goleiro Léo Jardim. Depois, com uma cobrança de pênalti telegrafada, Canobbio simbolizou a incompetência atleticana na Ligga Arena.
O problema é que o pior ainda pode estar por vir. Não vou nem entrar no mérito das chances na Sul-Americana. O torneio deve deixar de ser prioridade por um motivo simples: no Brasileirão, o Rubro-Negro vive falsa tranquilidade por ter dois jogos a menos do que os concorrentes.
Caso não vença os duelos atrasados contra Atlético-MG e Fluminense, os atuais cinco pontos de distância para a zona de rebaixamento se convertem imediatamente em desespero. E para quem não vence desde 28 de julho na Série A e acumula seis rodadas sem vitória em casa no campeonato (com cinco derrotas seguidas), a soma de fatores indica um fim de ano de muita assustador para a torcida.
Agora, de quem é a culpa pelo desempenho baixíssimo na simbólica campanha dos 100 anos do Club Athletico Paranaense? Sobre os ombros de quem deve ficar o ônus de um time que joga muito abaixo de seu potencial e que se entrega com facilidade?
Quem errou nas escolhas para 2024, desde a vinda dos técnicos (Osorio, Cuca e Varini) até as milionárias contratações de nomes como Di Yorio, Léo Godoy e Romeo Benítez? Quem traçou o plano para formar um elenco desequilibrado, que tem somente três zagueiros que podem jogar?
Quem decidiu se omitir e não gastar nenhum real na janela de inverno para amenizar as falhas cometidas até aqui? As promessas, vale lembrar, eram de disputar o título do Brasileirão em 2024. Superávit é ótimo, mas não entra em campo.