Fabrício Werdum relembra período difícil em Curitiba e descarta aposentadoria
Fabrício Werdum está de casa nova. No mês passado, o gaúcho assinou contrato com o PFL, um dos principais eventos de artes marciais dos Estados Unidos. Após ter deixado o UFC em julho deste ano, o "Vai, Cavalo" agora tem novos objetivos pela frente e ressalta que ainda tem lenha para queimar.
"Meu objetivo é focar 100% no PFL e ser o novo campeão do evento, assim como já aconteceu em outras organizações como o UFC e o Strikeforce. Fui campeão duas vezes e tenho um sentimento especial pelo UFC, mas o foco agora é total no PFL", diz o peso-pesado, em entrevista exclusiva ao Direto do Octógono.
Para ficar com o cinturão em sua nova casa, Werdum retornou aos Estados Unidos, após um período em Florianópolis, para retomar os treinamentos com o seu parceiro de longa data, o curitibano Rafael Cordeiro, líder da Kings MMA.
"Estou com o mestre Rafael Cordeiro há 13 anos. Ele vai ser sempre meu mestre. Tenho uma amizade impressionante com ele. É o melhor técnico do mundo e mostra isso mais uma vez ao ser treinador do Mike Tyson. Tenho um orgulho imenso por toda trajetória que ele fez. Sempre me deixou muito à vontade e me dá confiança pra eu fazer o que eu quero no octógono", ressalta o gaúcho, que tem uma grande identificação com Curitiba.
Por dois anos, Werdum morou nos alojamentos da tradicional equipe Chute Boxe, na capital paranaense, e foi parceiro de treinos de lendas do MMA, como Wanderlei Silva, Maurício Shogun, Murilo Ninja, Cris Cyborg e José Pelé Landi.
"Foi muito bom o tempo que fiquei na Chute Boxe. Sempre quis treinar com todos aqueles caras. É uma das melhores equipes do mundo. O Mestre Rudimar é impressionante. É um cara que respeita e valoriza muito os atletas. Foi um momento bem difícil por ficar longe da família, mas eu estava atrás do meu sonho. Valeu a pena, pois eu consegui o que eu sempre quis", relembra o brasileiro.
Werdum descarta aposentadoria
Com 43 anos, Fabrício Werdum destaca que ainda não pensa em aposentadoria das artes marciais. Segundo o lutador, ele não terá a mesma postura de outros atletas, que já penduraram as luvas, mas volta e meia retornam ao cage.
"Pretendo ficar mais uns dois anos no PFL e é o tempo que tenho de luta. Estou bem fisicamente e com a cabeça boa. Uma coisa que eu não quero fazer é falar que me aposentei e depois voltar. A aposentadoria ainda não está no meu pensamento", conclui Werdum.