UFC Paris: Moicano explica por que aceitou luta contra Saint Denis
Após sua primeira vitória por nocaute, no UFC 300, Renato Moicano volta a subir no octógono para enfrentar Benoit Saint Denis no UFC Paris, que acontece em 28 de setembro.
Veterano na organização, com quase dez anos de casa, o brasileiro é o 11º colocado no ranking dos pesos-leves e vem de uma sequência de três vitórias. Seu oponente está apenas uma posição abaixo na categoria e chegou no Ultimate há apenas três anos.
Por causa da visibilidade, Moicano costuma dar preferência para cards numerados, mesmo que seja entre as lutas preliminares, mas viu vantagem em fazer um main event de Fight Night.
"O Saint Denis é um cara relativamente novo no UFC, mas é bem famoso, principalmente na Europa. Não estou me importando muito com o ranking, o que importa é a popularidade dos atletas que você enfrenta. Estou indo lá para estragar a festa", disse ele, em entrevista ao UmDois Esportes.
Apesar da popularidade de Saint-Denis, a ida de Moicano foi bastante questionada por não ser uma luta que abrirá muitas portas para ele em caso de vitória. Por isso, o brasiliense apontou outros motivos para ter aceitado.
"Eu não escolho luta. Não quero ficar parado, eu tenho 35 anos já, não sou novo, então tenho que aproveitar minhas oportunidades. Tenho treinado há muito tempo, então quero fazer essa luta e, quem sabe, fazer mais uma em dezembro", explicou.
Moicano já realizou duas lutas em 2024; a primeira foi uma vitória por decisão unânime contra Drew Dober, em fevereiro, e na segunda, ele nocauteou Jalin Turner no segundo round no card principal do UFC 300.
Moicano vive fase mais popular no UFC
Apesar da sequência de três vitórias, que é também seu recorde de resultados positivos seguidos, Renato Moicano acredita que sua melhor fase no UFC já passou —agora, ele vive a fase mais popular.
Isso porque suas últimas entrevistas no octógono viralizaram nas redes sociais. Em fevereiro, ele parabenizou o pai por estar esperando um filho já com mais de 60 anos. Em abril, Renato falou sobre privatização e indicou até um livro sobre isso.
"Tenho ficado bastante popular pelas entrevistas pós-luta. Eu sou muito curioso, gosto de ler, de estudar. Essas falas vêm como algo de momento, não é algo que eu planejo, é só algo que estou estudando e minhas besteiras saem naturalmente", entregou.
A última entrevista, inclusive, lhe rendeu até convites para palestras sobre liberalismo e política econômica em Belo Horizonte
"É engraçado, senti que meu público brasileiro aumentou. Claro que não sou uma referência na área, mas é algo que eu me preocupo, é a sociedade que eu vivo. Eu só dou minha opinião", contou ele.