UFC: Fã de McGregor, Pantoja não ameniza condenação por estupro
Alexandre Pantoja, que acabou de defender seu cinturão peso-mosca do UFC pela terceira vez, deu sua opinião sobre as polêmicas na vida de Conor McGregor, de quem ele é fã.
O caso mais recente envolvendo o nome do irlandês foi a condenação por estupro em um processo civil; o crime aconteceu em 2018, e ele terá que pagar uma indenização à vítima.
"O McGregor, foi incrível o que ele fez [no MMA], mas se você olhar para o que aconteceu agora com ele, acho que os filhos dele não vão ter tanto orgulho do pai, quanto meus filhos vão ter de mim. O que mais importa para mim é o que eu pareço para minha família. Não cabe me vender para perder o amor dos meus filhos", disse o campeão, em entrevista à Ag. Fight.
Com uma grande história de superação após uma infância conturbada pelo alcoolismo do pai, Pantoja sempre faz questão de ressaltar a importância de sua família e de ser exemplo para seus dois filhos —já que ele mesmo não teve uma figura paterna para se espelhar.
Em sua declaração, o brasileiro deu a entender que, apesar de ter sido uma das figuras mais relevantes na história do MMA, McGregor não tem se comportado como um exemplo a ser seguido.
"Eu sou da filosofia do jiu-jitsu, samurai. O respeito sempre há comigo. Aprendi a sempre reverenciar as pessoas, olhar no olho e de maneira alguma falar algo que eu possa ferir. Tenho meus filhos como o maior exemplo que tenho que dar", completou o fluminense.
Até o momento, Pantoja foi o único lutador do UFC a falar abertamente sobre a condenação de Conor McGregor por violência sexual.
McGregor condenado por estupro
Apesar de condenado pela Justiça da Irlanda, Conor continuou negando as acusações de estupro feitas por Nikita Hand. O lutador, no entanto, admitiu que houve o ato sexual e afirmou que se arrependeu apenas de ter traído sua esposa, Dee Deven.
Exames de DNA comprovaram que a vítima teve relações com MgGregor. Nikita também fez exames de corpo de delito, e de acordo com o testemunho do médico que a examinou, todas as marcas de agressão documentadas estão de acordo com o que ela relatou.
Como o processo foi aberto em natureza civil, o atleta não corre risco de ser preso e terá apenas que pagar uma indenização de 250 mil euros (R$ 1,6 milhão, na cotação atual).