UFC: Único campeão brasileiro, Pantoja exalta Diego Lopes em briga por cinturão

Após a derrota de Alex Poatan Pereira no UFC 313, Alexandre Pantoja passou a ser o único campeão brasileiro da organização. Mas este cenário pode mudar no próximo sábado (12).
Diego Lopes irá disputar o título peso-pena com Alexander Volkanovski no UFC 314 e conta com total apoio e torcida do campeão peso-mosca, que quer ver mais brasileiros com cinturão ao seu lado.
"A gente tende a mudar isso com o Diego, é uma grande oportunidade para ele. Diferente do Renato [Moicano], que pegou a luta um dia antes, o Diego já se prepara há bastante tempo, ele tem total chance de pegar esse cinturão. É um lutador muito bom, que está vindo numa ascensão muito boa", disse Pantoja, em entrevista exclusiva ao UmDois Esportes.
Essa será a primeira vez que Lopes luta por um cinturão do UFC. Ele já havia demonstrado essa vontade desde que entrou para o top-3 da divisão ao derrotar Brian Ortega em setembro do ano passado.
Com a subida de Ilia Topuria para o peso-leve, o cinturão dos penas ficou vago, e Diego ganhou a chance de disputá-lo com o número um da categoria.
"Temos que virar esse jogo, temos tudo para conseguir mais cinturões. Cabe ao Brasil ter esse olhar de incentivo aos lutadores brasileiros", apontou o fluminense.
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Pantoja defende relação de Diego Lopes com o México
Pantoja acredita que um dos motivos para ter apenas um campeão brasileiro no UFC atualmente é a falta de investimento em MMA no Brasil, além de um olhar, muitas vezes, discriminatório por parte da sociedade.
"Eu tive que sair do Brasil para virar campeão, ter um treinamento mais profissional. Aqui no Brasil a gente ainda é visto com muita criminalização, o pessoal acha que ser lutador não é um trabalho. Lá fora eu ganho esse reconhecimento", disse.
Além de dar o próprio exemplo, de ter se mudado para treinar nos Estados Unidos, o campeão peso-mosca ainda defendeu a dupla cidadania de Diego Lopes no México, onde ele mora e treina há mais de dez anos.
"Diego ganhou seu reconhecimento no México e o pessoal ainda consegue falar mal, eu acho que isso não cabe. Ele foi abraçado pela cultura mexicana, é muito bonito uma outra cultura abraçar a gente", argumentou o campeão.