UFC: Bate-Estaca fatura bônus e pode brigar por cinturão mesmo após derrota
A derrota para Natalia Silva no UFC Vegas 97, que aconteceu no último sábado (7), também teve um lado positivo para Jéssica "Bate-Estaca" Andrade.
Depois de três rounds de trocação e técnica dentro do octógono, a vitória da mineira foi uma decisão unânime dos juízes. O resultado fez com que as duas trocassem de lugar no ranking peso-mosca feminino, ou seja, Natalia subiu para a sexta colocação, enquanto Jéssica caiu para a oitava.
Apesar de se distanciar da briga pelo cinturão da categoria, a paranaense acabou quebrando um novo recorde do UFC ao faturar o bônus de luta da noite — tanto ela quanto Natalia levaram US$ 50 mil (R$ 280 mil, na cotação atual) para casa.
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Com o prêmio, Bate-Estaca quebrou mais um recorde da organização; ela é a mulher com o maior número de bônus, tanto totais, quanto por performance ou luta da noite, ficando na frente até mesmo de Ronda Rousey.
Ao todo, Jéssica já recebeu 11 bônus, sendo cinco por luta da noite e seis por performance da noite, abrindo uma boa vantagem para a segunda colocada, que é a própria Ronda, com sete bônus no total.
Com uma carreira já consolidada e cheia de recordes na organização, a ex-campeã do peso-palha feminino mostra que é digna de uma chance de disputar o cinturão BMF, que independe de categoria ou posição no ranking.
Bate-Estaca x Joanna Jedrzejczyk
Desde o UFC 300, que aconteceu em abril deste ano, Jéssica demonstrou interesse em fazer uma revanche com Joanna Jedrzejczyk pelo cinturão BMF —e a própria polonesa retribuiu ao afirmar que até sairia da aposentadoria após dois anos só por essa luta.
"Eu quero o cinturão, não importa qual seja. Acho que se o UFC colocasse o BMF seria mais uma oportunidade, é como se estivesse abrindo uma categoria. A gente pode pegar as melhores e fazer aquela luta sinistra. Espero que o UFC abraça essa causa", disse ela, em entrevista ao UmDois Esportes.
Bate-Estaca e Joanna se enfrentaram em 2017, com a brasileira na posição de desafiante do cinturão peso-palha. Depois de cinco rounds, a polonesa levou a melhor, venceu por decisão unânime e manteve o título. Ela se aposentou em junho de 2022 após duas derrotas seguidas para a atual campeã Zhang Weili.
"Ela estava conversando comigo e falou: 'Pô, se for por esse cinturão BMF, eu volto da minha aposentadoria e luto com a Jéssica!'. Quem sabe o UFC não aceita essa proposta de trazer a Joanna de volta", contou a paranaense.
No entanto, Gilbert Burns, o Durinho, afirmou, também em entrevista ao UmDois Esportes, que a princípio, a organização não demonstrou interesse em realizar a luta —mas isso não significa que não vai acontecer, pois o UFC sempre guarda uma carta na manga.
"Eles gostam de ter uma opção extra, tipo, se cair uma luta de cinturão, algo assim, seria uma opção para eles fazer o retorno da Joanna. Ia ser legal se tivesse", afirmou ele, que tem estado por dentro dos bastidores do Ultimate.