Com promessa de nocaute, o paranaense Jean Silva enfrenta o canadense Charles Jourdain neste sábado (29), em Las Vegas, no UFC 303. O duelo é válido pela divisão peso-pena, no card preliminar do evento encabeçado pelos meio-pesados Alex Poatan e Jiri Prochazka.
A estreia de Jean Silva na organização aconteceu há quase seis meses, em 13 de janeiro. Na ocasião, o brasileiro derrotou Westing Wilson por nocaute logo no primeiro round.
“O UFC gostou, [a vitória] deu uma moral pra gente. O público gostou, e a galera fala que faltou o bônus. Não vou mentir, US$ 50 mil (R$ 272,5 mil, na cotação atual) no meu bolso seria muito bom, daria para comprar uns relógios novos”, brinca o lutador, em entrevista exclusiva ao UmDois Esportes.
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Diante do bom resultado, os planos do Ultimate não incluíam uma demora de quase seis meses para a segunda luta de Jean Silva, ou Lord, como é conhecido no mundo da luta.
Natural de Foz do Iguaçu, o atleta de 27 anos estava escalado para o card preliminar do UFC 301, que aconteceu em 4 de maio, no Rio de Janeiro. A luta foi cancelada após o adversário, William Gomis, desmaiar durante a pesagem na véspera.
“Foi bem frustrante. Foi um mês inteiro treinando, planejando, chega no dia e não acontece. Confesso que foi um pouco doloroso estar lá, nem consegui assistir o evento todo, acabei saindo”, conta.
A frustração, no entanto, não impediu Jean de ficar feliz por seus companheiros de equipe, Caio Borralho e Maurício Ruffy, que venceram suas lutas também por nocaute ainda no primeiro round. Os dois lutadores da Fighting Nerds ganharam o bônus de US$ 50 mil por suas performances.
“Era para ter sido uma noite de três bônus, com três nocautes, porque era para eu ter lutado”.
Jean Silva promete novo nocaute no UFC 303
Passada a frustração, Jean Silva agora se prepara para enfrentar Jourdain – e com novo nocaute como grande objetivo.
“Até a luta, ele [Jourdain] é o cara que eu mais amo, porque sem ele, nada disso seria possível. Eu oro, peço para que tenha uma boa preparação, porque eu não tenho nenhum problema em bater em quem eu amo. Ele vai apanhar, vou nocautear no primeiro round. E tudo bem, depois a gente sai para comer uma pizza”, avisa o brasileiro.
Jean ainda contou que, durante a preparação, recebeu dicas de Borralho, em relação à guilhotina, e de Ruffy, com chutes na luta em pé. “Se ele [Jourdain] não se ligar, eu finalizo na guilhotina, que é uma especialidade minha também”.
De olho no cinturão do UFC
O paranaense será o primeiro atleta de sua equipe a lutar na T-Mobile Arena, em Las Vegas. Além de prometer um novo nocaute, Silva ainda projeta uma disputa pelo cinturão da divisão até o fim do próximo ano.
“Las Vegas, é real! Sendo sincero, ainda não estou com um nome bom para estar em um card desse, foi um bom trabalho do meu empresário. Mas a gente tem que estar pronto. Vou bater em mais dois nomes depois desse, e no fim do ano já me vejo no top 10. Até o final do ano que vem, eu estou lutando pelo cinturão. Tenho fé no meu trabalho”, garante.
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Para o Lord, até mesmo a queda da luta entre Conor McGregor e Michael Chandler foi algo positivo, já que com Poatan no combate principal, o evento terá uma visibilidade ainda maior entre o público brasileiro, em vez de deixar os holofotes apenas sobre o retorno do irlandês.
“Eu quero que ele venha falar comigo depois da luta, mas não teria como, porque ele iria lutar. Agora ele vai só assistir. Então, com certeza, eu vou nocautear, e ele vai vir falar comigo. E vão ter dois brasileiros que estão em evidência, tem também o Diego Lopes”, comemora Jean Silva.