Curitibanos entram no Hall da Fama do UFC; relembre as lendas
Anderson Silva, Maurício Shogun e Wanderlei Silva foram homenageados na cerimônia do Hall da Fama do UFC 2024, na última semana, em Las Vegas. Saiba mais sobre as trajetórias deste trio de lendas do esporte brasileiro.
Anderson Silva
Considerado um dos maiores atletas de todos os tempos, Anderson Silva foi novamente homenageado no Hall da Fama do UFC. Após ser inserido na Classe de 2023 na Ala Pioneiros, “Spider” agora foi condecorado na categoria “Luta” pelo seu histórico confronto diante de Chael Sonnen no UFC 117, realizado em agosto de 2010.
Os dois atletas chegaram ao evento em grande fase e deixaram os fãs de MMA empolgados antes mesmo do início do confronto, devido às inúmeras provocações do norte-americano.
No Octógono montado em Oakland, Estados Unidos, o desafiante mostrou estar preparado para a magnitude do confronto e anulou o brasileiro por pouco mais de quatro rounds, usando o wrestling para impor quedas e anular a trocação do “Spider”.
Entretanto, por volta da metade do 5° round, Anderson conseguiu uma reviravolta e, de forma inteligente, encaixou um triângulo que forçou o norte-americano a bater em desistência, encerrando um dos confrontos mais dramáticos da história do MMA.
O memorável duelo faturou o prêmio de melhor luta do UFC 117 e de melhor duelo de toda a temporada 2010 do Ultimate. Ao fim do evento, o então campeão dos médios também recebeu o bônus de Finalização da Noite.
Maurício Shogun
Outro brasileiro que passou a fazer parte do Hall da Fama do UFC na Ala Moderna (atletas que estrearam profissionalmente após 17 de novembro de 2000), foi Maurício Shogun. O curitibano foi campeão dos meio-pesados do Ultimate entre 2010 e 2011 e vencedor do torneio do peso-médio no PRIDE em 2005.
O veterano protagonizou 42 confrontos como profissional de MMA e pendurou as luvas com um retrospecto no esporte de 27 vitórias, 14 derrotas e 1 empate, além de protagonizar duelos históricos, como o nocaute sobre Lyoto Machida no UFC 113, em maio de 2010, que garantiu a Shogun o cinturão da divisão até 93 kg, e a derrota para Dan Henderson no UFC 139, em novembro do ano seguinte, naquela que é considerada uma das maiores lutas já vistas no Ultimate e que já faz parte do Hall da Fama (Ala Lutas).
Shogun se aposentou em janeiro de 2023 após a derrota para Ihor Potieria no UFC 283, realizado no Rio de Janeiro, e ostenta importantes recordes na divisão dos meio-pesados como: segundo maior número de lutas (24), mais knockdowns aplicados (empatado com Chuck Liddell com 14) e segundo maior número de nocautes (8).
Wanderlei Silva
Wanderlei Silva entrou no Hall da Fama do UFC como membro da Ala Pioneiros. A categoria inclui atletas que se profissionalizaram antes de 17 de novembro de 2000 (quando foram adotadas as regras unificadas do MMA), com idade mínima de 35 anos ou que estejam aposentados há um ano ou mais.
O “Cachorro Louco” teve 22 anos de carreira profissional no MMA e pendurou as luvas com um cartel de 35 vitórias, 14 derrotas, 1 empate e 1 no contest. O curitibano ficou conhecido por ser um atleta altamente empolgante e que protagonizou lutas lendárias no UFC e no exinto PRIDE, onde foi campeão peso-médio.
Em sua trajetória no esporte, Wanderlei derrotou grandes nomes do MMA, como Kazushi Sakuraba, Michael Bisping, Dan Henderson e Quinton “Rampage” Jackson.
O brasileiro possui um vasto número de recordes entre as organizações da ZUFFA (PRIDE/ UFC / WEC), entre elas: o lutador com maior número de nocautes (19) e com maior número de knockdowns aplicados (27).
*Por UFC.