Brasileira detona rival após sofrer golpes em região íntima e faz pedido ao UFC
Luana Pinheiro decidiu fazer um desabafo após sua luta no UFC Vegas 100, que culminou em uma derrota para Gillian Robertson no último dia 9.
A brasileira, que perdeu por decisão unânime da arbitragem, relatou que sofreu golpes no ânus, como cotoveladas e joelhadas, durante o combate e questionou a legalidade disso dentro da organização.
"Me desculpe a palavra, mas ela deu cotovelada no meu ânus. Isso é uma falta de respeito, não faria isso com nenhuma atleta. Ela fez de má fé, maldade mesmo. Não sei se [o golpe] é ilegal ou não, mas se for legal, deveria ser proibido", disparou ela, em entrevista ao site Ag. Fight.
Além de denunciar o golpe de Gillian e pedir que o UFC o torne ilegal, Luana também contou que tem sofrido com alguns sintomas desde então, incluindo até dificuldade para andar.
"Estou tomando uma medicação muito forte, não consigo sentar, não consigo curvar minha coluna. Nos primeiros dias, não conseguia andar direito. (...) Foi bem desrespeitoso da parte dela. Ela luta pelo mesmo sonho que eu, nada mais justo que respeitar a pessoa que está lutando comigo", desabafou.
Os golpes na região íntima aconteceram ao longo de toda a luta, sem nenhuma interferência do árbitro. Essa foi a terceira derrota seguida de Luana no Ultimate; ela caiu duas posições no ranking peso-palha feminino, enquanto Gillian subiu duas.
O golpe é ilegal no UFC?
Não há uma regra específica do UFC sobre golpes na região do ânus, ao contrário de outras regiões do corpo, como nuca, garganta, coluna e órgãos genitais (de reprodução).
Quando algum lutador tem uma dessas regiões atingidas no octógono, o juiz imediatamente faz uma pausa de até cinco minutos para que o atleta golpeado se recupere — se possível.
As consequências para golpes ilegais vão desde advertência verbal e retirada de pontos até a desclassificação do atleta que os aplicou. Em alguns casos, o lutador pode até perder seu contrato com o Ultimate.