Após estreia que chocou até Dana White, brasileiro não consegue adversário no UFC
Maurício Ruffy, que fez sua estreia no UFC 301, no Rio de Janeiro, impressionou até mesmo Dana White ao nocautear Jamie Mullarkey, mas agora vive um impasse dentro da organização.
O brasileiro peso-leve derrotou o australiano ainda no primeiro round de uma das lutas do card preliminar, mas de uma forma inédita ao aplicar uma "tesoura voadora". O próprio presidente do Ultimate afirmou que essa havia sido a maior estreia que ele já viu.
Ruffy tem 11 lutas em seu cartel no MMA, sendo apenas uma derrota. Mas o detalhe mais impressionante é que todas as suas vitórias foram por nocaute.
Depois de sua estreia explosiva no UFC Rio, os fãs, que até o apelidaram de "Conor McGregor brasileiro", estão ansiosos para vê-lo em ação novamente. Só existe um problema: ninguém aceitou enfrentá-lo ainda.
Quando Maurício Ruffy vai lutar?
Inicialmente, os planos do UFC eram de colocar Ruffy para lutar no UFC 303, que aconteceu no final de junho, mas a organização não conseguiu encontrar um adversário.
A intenção passou a ser de incluir Maurício no UFC 306, que aconteceu na Esfera de Las Vegas, mas novamente, não foi possível encontrar um atleta para enfrentá-lo.
O nome do brasileiro, então, passou para o UFC 307, que tem Alex Poatan Pereira na luta principal e está marcado para o dia 5 de outubro. O nome dele até chegou a ser divulgado no card, mas mesmo com mais de uma semana pela frente, a luta já caiu, novamente por falta de adversário.
"Estamos com dificuldade de casar uma luta, mas estou vendo as grandes oportunidades que o UFC está tentando me dar. Sinto pelos fãs, que estão pedindo muito. Da minha parte, estou pronto. Preciso trabalhar. As coisas vão acontecer no tempo que Deus quiser", disse ele, ao canal do YouTube Laerte Viana na Área.
Como Ruffy acabou de entrar para a organização, ele ainda está muito longe do topo da categoria dos leves, o que não é nenhum atrativo para quem já está ranqueado —ou perto disso— por causa do alto risco de derrota sem nenhum retorno.
O brasileiro também pode lutar com um atleta que esteja longe do ranking, mas o problema é que ele já tem um nível muito superior e não precisaria "se testar" com outros nomes da categoria antes de tentar uma entrada para o top-15.
Paola Zanon é jornalista formada pela Cásper Líbero, repórter e redatora com passagens pelo Notícias da TV, R7 e UOL Esporte. A carreira no jornalismo esportivo começou com a cobertura dos Jogos Pan-Americanos de 2019 pelo R7, pas...
