Análise

Paraná x Brasil: Tricolor domina, mas erra e perde de novo em casa

Por
Cristian Toledo
21/12/2020 22:27 - Atualizado: 29/09/2023 21:13
Higor Meritão vestiu de novo a camisa 10 em Paraná x Brasil. Mas não conseguiu ser o armador que o Tricolor precisava.
Higor Meritão vestiu de novo a camisa 10 em Paraná x Brasil. Mas não conseguiu ser o armador que o Tricolor precisava. | Foto: Albari Rosa/Foto Digital

Não é de hoje que vemos jogos em que um time tem mais posse de bola, mais arremates, mais escanteios, mas acaba perdendo o jogo. Foi assim que aconteceu em Paraná x Brasil. Na tarde desta segunda-feira (21), na Vila Capanema, o Tricolor teve 20 finalizações, mas apenas uma vez levou perigo. O time gaúcho teve apenas cinco, e em uma delas marcou o gol da vitória que praticamente garantiu o Xavante na Série B de 2021.

Já o Paraná Clube segue correndo risco. Faltam oito jogos para o final da Segundona, e quatro vitórias são necessárias para escapar da degola. Com a mesma pontuação de Figueirense e Náutico, mas fora da zona de rebaixamento pelos critérios, o Tricolor precisa repetir nas últimas rodadas da competição o que fez no início dela.

Paraná x Brasil: os times

Após a vitória sobre o CRB, Gilmar dal Pozzo tinha motivos para manter a escalação do Paraná Clube. Claro que era uma ideia de jogo que precisaria ser aprimorada, pois funcionou em Maceió com o Tricolor posicionado defensivamente. Diante do Xavante, seria necessário buscar mais o ataque. A opção de troca foi a entrada de Wandson no lugar de Andrew - o atacante que já era titular tem mais explosão, e poderia dar uma chacoalhada no setor.

Renan Bressan voltou, mas para o banco. O camisa 10 paranista seria mesmo Higor Meritão, e o jogador mais técnico do Tricolor seria opção para o decorrer da partida - em parte pelo desgaste físico que provoca a covid-19. Da forma que o jogo se desenhava antes de a bola rolar, Bressan seria necessário em um confronto com uma equipe que se defende com força.

Bola rolando

O Paraná apostou na intensidade desde o primeiro minuto. Botando pressão no Brasil, jogando no campo adversário e arriscando o chute quando havia a possibilidade. Só que o time de Cláudio Tencati também optava por essa marcação alta, o que gerava riscos ao Tricolor. E depois de um início agitado, quando as coisas se acalmaram o jogo se equilibrou. Tanto que a grande chance foi de Luiz Henrique, que perdeu já sem goleiro.

 Cláudio Tencati só de olho. Foto: Albari Rosa/Foto Digital
Cláudio Tencati só de olho. Foto: Albari Rosa/Foto Digital

Com dificuldade para entrar na área, o Paraná Clube arriscava de média distância - os arremates de Wandson e Meritão, que obrigaram Rafael Martins a trabalhar, foram de longe. O jogo seguiu parelho, mas com mais faltas, mais reclamações e a saída de Luan, machucado, para a entrada de Jhony. Apesar da maior presença tricolor no campo adversário, o primeiro tempo de Paraná x Brasil terminou 0x0 mesmo.

A etapa final foi pelo mesmo caminho. Higor Meritão, atendendo aos gritos de Gilmar dal Pozzo, aparecia mais no ataque, enquanto os pelotenses tinham uma postura mais defensiva. Faltava ainda oferecer mais perigo. Os donos da casa rondavam a área do Brasil, mas não conseguiam ameaçar Rafael Martins.

Erro decisivo

O treinador paranista colocou Renan Bressan no lugar de Higor Meritão aos 16 minutos do segundo tempo - no mesmo momento, Bruno Lopes entrava no lugar de Bruno Gomes. E nem houve tempo de eles se acharem em campo, pois um erro na saída de bola colocou o Xavante na cara do gol. E desta vez Luiz Henrique marcou. Defendo bastante o Jhony no time, mas dessa vez ele falhou.

Após sofrer o gol gaúcho, o Tricolor não conseguiu mais jogar. À dificuldade que o time apresentava, se somou o nervosismo. Demorou quase 20 minutos até Renan Bressan quase empatar. Já era a reta decisiva da partida, e a partir dali foi na base do 'vamos lá'. E se de forma organizada tinha sido difícil, na desorganização é que não iria dar. O Paraná Clube perdeu um jogo que deveria ganhar. E e

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