Eleição do Coritiba: a luta pelo poder e o risco do adiamento
A eleição do Coritiba pegou fogo. Mas não como poderia ser. A possibilidade de que o pleito, marcado para o dia 15 de dezembro, seja judicializado é gigante. Tudo porque o avanço perigoso dos números da covid-19 impedem uma votação presencial e até mesmo a ideia de uma votação com drive-thru foi vetada pela prefeitura de Curitiba. E, para completar, o sistema de votação online não é imune a fraudes. Resultado: há risco até de novo adiamento, e pro ano que vem.
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Com tudo isso na mesa, a disputa entre João Carlos Vialle, Renato Follador e Samir Namur pode ir para o tapetão. Como já ficara claro desde as tentativas de uma chapa única na eleição do Coritiba, ninguém quer abrir mão do poder, o que provoca essa sensação de que os derrotados vão para a Justiça logo após o anúncio do resultado. E essa sede toda está totalmente distante do que o Coxa precisa neste momento.
O mais correto teria sido a antecipação da eleição do Coritiba. O futebol ficou quatro meses parado, sabia-se que a disputa pela presidência estaria bem no meio do Brasileirão e mesmo assim ninguém cedeu. Agora, declarações - no estilo de políticos batidos no voto - já são ouvidas da boca dos candidatos encaminhando uma não aceitação do resultado. A não ser, claro, pelo que ganhar o pleito.
Eleição do Coritiba sob suspeita?
A matéria do Fernando Rudnick aqui no UmDois escancarou o problema naquilo que poderia ser a solução da eleição do Coritiba. A empresa que gerencia o processo de votação online admitiu que não tem como garantir que o voto seja exatamente do sócio. Aí partem as acusações que dessa forma sócios falecidos que estão na base de dados "participariam" da eleição. E realmente tá errado isso, o sistema não é confiável.
O fato é que estamos a cinco dias da eleição e as dúvidas precisam ser dirimidas, os riscos zerados e os candidatos precisam dar a palavra de que, caso tudo esteja OK, respeitarão o resultado. Não vai dar pra ficar brigando no tapetão em meio à luta pelo rebaixamento. Que aconteça a disputa no Coritiba, que os sócios escolham o melhor candidato e que o eleito possa imediatamente colocar seu plano de trabalho. O clube não pode ficar esperando.