Vitória histórica e desconcertante do Furacão no Atletiba
Que o futebol não tem regras ou fundamentos imutáveis todos sabem. Aliás, exatamente por ser uma prática que surpreende e arrebata sem emitir avisos prévios, o futebol se tornou o esporte mais popular e apaixonante do mundo.
Pois no clássico Atletiba na Arena da Baixada os torcedores vibraram, sofreram, sorriram e choraram, dependendo do lado que estavam colocados. O Athletico iniciou o tradicional jogo pressionando e logo aos 3 minutos o meia Christian acertou a trave do goleiro Gabriel.
Mas, por ironia da bola, foi o dominado Coritiba que abriu a contagem com um gol de bola bem trabalhada pelo atacante Marcelino Moreno, que se livrou dos marcadores e acertou o cantinho do arqueiro Bento.
E o primeiro tempo seguiu tenso, bem disputado e com o Coxa na frente do placar.
+ Confira a tabela da dupla Atletiba no Brasileirão
Na etapa complementar a pressão subiu muito quando Pablo empatou ao receber passe açucarado de Fernando - inexplicavelmente na reserva do iniciante Pedrinho, agora afastado pelo clube por problemas com as manipulações suspeitas que abalam o futebol brasileiro -.
O Furacão continuou pressionando, mas novamente foi o Coxa que chegou ao fundo das redes em belo gol de Robson.
Muita tensão na arquibancada com o goleiro Gabriel fazendo defesas importantes, Erick acertando a trave e uma disputa cada vez mais acirrada em campo, engrandecendo o tradicional clássico paranaense.
No último minuto do tempo regulamentar, Willian Bigode empatou para os rubro-negros, fazendo justiça no placar. Mas os deuses do futebol continuaram trabalhando em tempo integral e fazendo hora extra até que se consolidou a vitória histórica e desconcertante do Athletico.
Erick, o destaque individual atleticano, elaborou bem a jogada e serviu de bandeja para Canobbio concluir e fechar a conta da monumental partida realizada em 14 de maio de 2023.
Para muitos lembrou o extraordinário Atletiba da virada atleticana por 4 a 3, no 1º Turno do Campeonato de 1971, no Alto da Glória.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...