Vitor Roque salvou o Athletico e Coritiba derreteu em Fortaleza
Foi uma noite daquelas para os torcedores da dupla Atletiba. No meu caso, acompanhando os dois jogos pela televisão, o controle remoto quase derreteu.
Na Ligga Arena, houve de tudo um pouco, começando por uma péssima arbitragem que estragou o primeiro tempo da partida pelos equívocos em série cometidos pelo árbitro Raphael Claus, com atuação caótica.
Mas em se tratando da CBF, que reconheceu um título nacional absurdo do Atlético Mineiro em torneio amador realizado por seis times em 1937, tudo pode acontecer.
Vinicius Kauê foi expulso e o Athletico teve que se superar para abrir a contagem através do zagueiro Cacá.
Mas quem salvou tudo até o final da primeira etapa foi o goleiro Léo Linck com soberba atuação – impressiona a capacidade de o CT do Caju revelar tantos grandes goleiros em série – e o treinador Wesley Carvalho foi vaiado pela torcida ao substituir o meia Vitor Bueno pelo zagueiro Zé Ivaldo.
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Mas o segundo tempo foi incandescente, com amplo predomínio do Fluminense, que mesmo tendo poupado diversos titulares, encurralou o Furacão e conseguiu virar o placar.
Faltou atitude e personalidade ao time atleticano, marcas indeléveis em muitas partidas nesta temporada aziaga.
Guga empatou e João Neto virou, mas ainda deu tempo de, no desespero, Vitor Roque empatar para alívio do público que anda enjoado de ver um futebol de segunda categoria exatamente no ano em que o clube realizou o maior investimento da sua quase centenária história.
Mas se Vitor Roque salvou o Athletico, o Coritiba derreteu em Fortaleza.
Cauteloso no sistema defensivo e marcando intensamente no meio de campo, o Coxa levou um susto com bola chutada no travessão, mas segurou até os 40 minutos da etapa inicial quando Lucero abriu a contagem.
Novamente Lucero e Marinho, este num chute longo que Gabriel aceitou mansamente, levaram o Fortaleza aos 3 a 0.
O Coxa diminuiu marcando o seu gol de honra e Robson ainda teve tempo de chutar uma penalidade máxima contra o travessão. Continua muito ruim a campanha alviverde no campeonato.
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Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...