Um clássico Atletiba recheado de simbolismos
Todo jogo de futebol com rica história pela rivalidade entre as torcidas, além das emoções que provoca, merece ser reverenciado.
Este é o caso do nosso Atletiba, o maior jogo do futebol paranaense e um dos mais tradicionais do país. Mas este, programado para domingo (14), na Arena da Baixada, está cercado de muita expectativa.
Surge como um clássico Atletiba recheado de simbolismos.
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Começa pelo fato de que o último disputado, válido pelo Campeonato Paranaense, teve um final desastroso com os jogadores se engalfinhando dentro de campo.
Nada melhor do que demonstrar fair play dentro e fora do gramado, até porque teremos a presença das duas torcidas no estádio.
Além dessa oportunidade de revelar esportividade e alto nível nas relações clubísticas, outros simbolismos que cercam a grande partida dizem respeito à parte técnica.
Passou da hora de o time do Athletico assumir o mesmo padrão de jogo desde o primeiro minuto e não como vem acontecendo sistematicamente: se entrega ao adversário no primeiro tempo e só reage após muitos sustos ou gol sofrido, correndo atrás da reabilitação na etapa complementar.
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Tem sido bem sucedido na maioria das vezes, é verdade, mas isso não dá ao treinador Paulo Turra o direito de se considerar o artífice do banho de bola atleticano aplicado no Internacional, em pleno Beira-Rio.
A virada na chave só aconteceu depois de levar a segunda bola na trave quando o líder Thiago Heleno, não por acaso conhecido como "General", reuniu os companheiros e o Furacão passou a jogar com organização tática, ambição e talento.
Maravilhosos os gols de Christian e Willian Bigode na melhor atuação do Furacão nesta temporada.
Apenas no segundo tempo, é bom frisar.
Problemas não faltam ao técnico Antônio Carlos Zago que teve de remexer na escalação do Coritiba antes e durante o jogo com o Vasco da Gama pelos mais variados motivos.
Mais consistente, o Coxa abriu a contagem em belo gol de Zé Roberto e poderia ter ampliado a diferença no placar não fosse a inabilidade dos seus atacantes.
Para dar prosseguimento à má fase – a pior da longa história coxa-branca – a defesa voltou a falhar e cedeu o empate ao atual limitado time cruzmaltino.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...