Torcida do Coritiba está ansiosa e curiosa com as novas contratações
Que o Brasil é um país surrealista todos sabem.
Até mesmo cientistas das mais diversas áreas se surpreendem com tanta coisa absurda, nonsense e certo descompromisso com a realidade que marcam o nosso dia-a-dia em todos os setores de atividade.
Não passa um dia sem que surja noticia surpreendente, ou apenas estapafúrdia.
Claro que os governantes e políticos são especialistas em decepcionar a população com promessas jamais concretizadas e comportamento estranho para um país civilizado.
Agora o ciclo surrealista invadiu o futebol.
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Logo o futebol, onde até outro dia éramos considerados os melhores do mundo.
Além do péssimo padrão das arbitragens no futebol brasileiro e da falha operacional no moderno VAR, que atrapalham a maioria das partidas, tivemos o ridículo episódio da CBF tentar contratar o técnico italiano Carlo Ancelotti que dispensou a seleção brasileira com simples mensagem pelo WhatsApp. E observamos a onda de técnicos estrangeiros trabalhando em nossos clubes, como se os profissionais daqui tivessem esquecido a arte futebolística.
Sem esquecer o incessante vai e vem de jogadores.
Aí é que gostaria de entrar, pois a torcida do Coritiba está ansiosa e curiosa com as novas contratações.
Com quase trinta jogadores contratados desde o inicio do ano, tendo fracassado no campeonato estadual e na Copa do Brasil, o Coxa está entre os últimos colocados desde a primeira rodada do Brasileirão.
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Esperava-se que com o afastamento dos dirigentes incapazes na gestão do futebol e a chegada dos executivos da SAF as coisas mudassem. Mas que nada, os jogadores não conseguem responder em campo, apesar de o treinador Thiago Kosloski ter demonstrado conhecimento e capacidade de liderança.
Na última tacada da temporada, a nova diretoria anuncia a estreia de três atrações internacionais: o grego Andreas Samaris, o argelino Islam Slimani e o espanhol Jesé Rodriguez.
Talvez a angustiada e sofrida torcida coxa-branca possa vê-los em ação no próximo jogo, que será frente ao Bahia, no Alto da Glória. Tomara não se repita mais um capítulo surrealista neste país em que até o passado é incerto.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...