Torcida do Athletico quebra recorde, empurra o time e respira aliviada
Vítima dos erros primários cometidos pela diretoria na formação do elenco, na gestão do futebol através das diversas comissões técnicas contratadas para o ano do centenário e na péssima campanha do time, a torcida do Athletico tornou-se a grande vitoriosa.
E a ruidosa comemoração após a sólida vitória sobre o Atlético Goianiense foi o reflexo da consciência coletiva do dever cumprido em um dos momentos mais dramáticos na longa vida do clube.
A partida foi disputada sob tensão, pois se os goianos estavam seriamente ameaçados pelo rebaixamento durante a rodada, os atleticanos precisavam dar uma resposta àqueles mais de 42 mil apaixonados na Ligga Arena e alguns milhões espalhados com o coração espremido por todos os cantos.
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Novamente escalado com bom senso por Lucho González, o time procurou o jogo e a criação de oportunidades para a marcação de gol.
Claro que em um ritmo de absoluta superação, diante das ausências de jogadores importantes pelos mais diversos motivos, sobretudo do jovem Julimar, que se revelou um atacante de respeito.
Surgiu a primeira chance, mas o limitado Di Yorio deu um peteleco na bola – talvez inspirado na cobrança de pênalti de Vinicius Jr pela seleção brasileira – e o goleiro defendeu. Haja coração!
Baixou a tensão quando novamente Cuello, com rara categoria, finalizou com sucesso. Mas o desafio era grande e entre sustos, defesas do goleiro Mychael, bola na trave e expulsão de Thiago Heleno, surgiu o veterano Nikão para marcar o segundo gol e autorizar a abertura dos bares da Ligga Arena e arredores.
A torcida do Athletico quebra o recorde de público em seu estádio, empurra o time e respira aliviada, confiando na superação dos jogadores para escapar de vez do drama nas últimas rodadas.
Iniciando a reta de chegada, o Campeonato Brasileiro da Série A pega fogo com nove equipes envolvidas na luta contra o rebaixamento e apenas duas na luta direta pelo título. O restante da motivação, em uma competição tecnicamente sofrível, fica por conta das vagas nas Copas Libertadores e Sul-Americana.
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Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...