Torcedores de Athletico e Coritiba estão desconfiados
Fim de ano, época de balanços.
Athletico e Coritiba tiveram todo tempo do mundo para analisar os desempenhos das suas comissões técnicas, do elenco e dos próprios dirigentes que, em última análise, são patrões e empregados ao mesmo tempo, pois já temos muitos cartolas remunerados por aí.
Acontece que, ouvindo as últimas notícias, e conversando com muitas pessoas, deu para perceber que os torcedores da dupla Atletiba estão desconfiados.
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Os que se identificam com o Coritiba ainda não entenderam direito a demissão do técnico Guto Ferreira. Todos recordam que, ao ser eliminado pelo Santos, na Copa do Brasil, o Coxa entrou em crise técnica grave.
O treinador Gustavo Morínigo se desgastou com comentários sobre os jogadores que não aproveitaram para liquidar a fatura na primeira partida no Alto da Glória.
Os dirigentes demoraram muito para dar um choque de gestão no futebol. Guto Ferreira realizou bom trabalho considerando o baixo nível técnico do elenco colocado à sua disposição.
Agora a opção foi o português Antonio Oliveira, que não deixou saudade em sua recente passagem pelo Athletico.
Os atleticanos esperavam mudanças, afinal, a retranca de Felipão, em plena Arena da Baixada, na eliminação da Copa do Brasil pelo Flamengo, ainda está enroscada no imaginário dos torcedores.
Além do equívoco que representou a opção por Vítor Bueno em vez de Terans na escalação do time na final da Libertadores, perdida para o mesmo Flamengo.
Todos reconhecem que Felipão botou ordem na casa, reorganizou a equipe e chegou a decisão do principal torneio continental, mas continua muito conservador. Como virou diretor, a diretoria deveria contratar um treinador mais moderno.
A exceção de três ou quatro jogadores que não renderam o esperado, a maioria deu conta do recado e emitiu sinais de que nas mãos de um técnico criativo pode alcançar rendimento superior.
Não se discute a capacidade do auxiliar Paulo Turra, que recebe a sua primeira grande oportunidade profissional, mas perdeu-se a chance de dar um salto de qualidade na virada do ano.
Só se espera que o Furacão não seja mais do mesmo.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...