Tite desperdiça chance e árbitro dá show de incompetência
Era para ser mais uma animada partida das Eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo, entre Equador e Brasil, em Quito.
Claro que toda a motivação do jogo estava concentrada no time equatoriano, que luta por uma vaga no Mundial do Catar, pois o Brasil já está classificado.
Sem Neymar, lesionado, o técnico Tite teve a oportunidade de formar um ataque mais jovem e vibrante, tanto que nos primeiros momentos evolveu o adversário e logo abriu a contagem com gol de Casemiro.
Ponto. Acabou o jogo.
Dali para frente o que se viu foi um assustador festival de mediocridade técnica das duas equipes e um show de incompetência do árbitro colombiano Wilmar Roldán. O fundamento da arbitragem é o poder de interpretação e de decisão do apitador.
O melhor exemplo se observa nas arbitragens europeias onde raramente o VAR é consultado. Acontece que o juiz do jogo europeu é formado em escola eficiente e demonstra autoridade e personalidade para assumir as suas decisões sem necessitar recorrer as engenhocas eletrônicas colocadas a sua disposição para dirimir as dúvidas.
Claro que há muito tempo o apito sul-americano virou um
lixo. Assim como caiu, verticalmente, o padrão técnico do futebol neste lado de
baixo da linha do Equador. Mas o soprador de apito colombiano extrapolou no direito de
ser incapaz, inseguro e confuso.
Não vou detalhar as tantas vezes que ele recorreu ao VAR para corrigir as suas lambanças. Basta lembrar que o goleiro Alisson foi expulso de campo duas vezes e concluiu a partida guardando a meta brasileira. Pode isso, Arnaldo ?
O técnico Tite desperdiçou uma boa chance para testar o esquema tático e observar os jogadores, pois ficou mais preocupado em não perder a invencibilidade.
Trabalhou pelo resultado, o que não interessa para uma seleção pentacampeã mundial e que, nos últimos vinte anos, não consegue superar as seleções da Europa.
Não é a toa que Itália, Espanha, Alemanha e França comemoraram os títulos dos últimos mundiais e continuam jogando melhor que o Brasil.
Bem, mas insistindo com Philipe Coutinho, Dani Alves e outros o futuro de Tite é desafiador. Menos mal que a defesa está bem estruturada, Casemiro e Fred atuando em alto nível e os jovens atacantes prometem muito até a Copa do Mundo em novembro.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...