Thiago Kosloski saiu na frente de Wesley Carvalho com efetivação no cargo
Fazendo mudanças no comando técnico com os campeonatos em andamento, dirigentes de Athletico e Coritiba improvisaram.
No Coxa, a nova diretoria que assumiu o futebol após o surgimento da SAF, pisou na bola ao contratar Antônio Zago e corrigiu rapidamente com a ascensão do auxiliar Thiago Kosloski.
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No Furacão, com o encerramento do projeto idealizado para Felipão depois da sua fuga para o terreiro do Galo, os dirigentes dispensaram Paulo Turra e optaram por Wesley Carvalho.
Ao mesmo tempo, a dupla Atletiba tratou de contratar diversos reforços. Ou, pelo menos na intenção, os novos jogadores devem representar reforços se bem que, pela vivência de décadas no futebol, sinto que a cada temporada fica mais difícil acertar a maioria das aquisições.
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Simplesmente porque o futebol brasileiro encontra-se em processo de estagnação nos últimos anos. Basta dar uma olhada na baixa qualidade dos dirigentes, dos novos treinadores, dos novos jogadores e dos árbitros.
Não é por acaso que a CBF pagou o mico com Carlo Ancelotti e promove aposta arriscada no acúmulo de cargos com Fernando Diniz, dividido entre as suas responsabilidades no Fluminense e na alquebrada seleção brasileira.
Voltemos à dupla Atletiba.
Um velho amigo me lembrou uma frase do ferino escritor português Eça de Queiroz: “Os políticos e as fraldas devem ser trocados frequentemente e pela mesma razão”. Citação mais do que apropriada para o momento em relação aos técnicos de futebol.
Thiago Kosloski saiu na frente de Wesley Carvalho com a efetivação no cargo. São cenários completamente diferentes, claro.
Pois enquanto o Coritiba tem a preocupá-lo, única e exclusivamente, fugir da zona de rebaixamento na Série A do Brasileirão, o Athletico encara um calendário recheado de desafios e muito dinheiro entrando no cofre.
Provavelmente, se não tivesse sido eliminado pelo Flamengo na Copa do Brasil, Wesley já teria sido efetivado na função.
Com campanha irregular no Brasileirão e saindo atrás do Bolívar na nova etapa da Libertadores, o treinador atleticano continua em fase de observação.
Thiago recuperou a confiança do elenco, ajustou a defesa e melhorou o rendimento da meia cancha e do ataque. Por isso, mereceu a confiança dos novos donos do futebol coxa-branca.
Wesley ainda terá de dar um jeito na desengonçada zaga atleticana, que não para de tomar gol em chuveirinho sobre a área, e adaptar os recém desembarcados no CT do Caju, com destaque ao jovem argentino Zapelli, uma contratação milionária.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...