Cuca transformou o Athletico em um time sério e muito competitivo
Se vocês querem conhecer um time de futebol, examinem o seu comportamento na vitória e na derrota.
No período em que Felipão dirigiu o Athletico, a equipe jogava mais preocupada em não sofrer gol do que marcá-lo. Era um futebol entre o feio e o de muito esforço coletivo, que não chegava a empolgar.
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Mas que serviu para levá-lo, em 2022, à final da Copa Libertadores da América, melancolicamente perdida em Guayaquil para um Flamengo cansado e que acabou levando o título porque o adversário não mostrou ambição para surpreende-lo.
As experiências com os auxiliares Paulo Turra e Wesley Carvalho custaram caro, pois o Furacão perdeu tempo e dinheiro com os fracassos registrados nas principais competições em que participou. Veio Osorio, e outra frustração, diante da verborragia do colombiano, comportamento instável e nenhuma definição do que efetivamente pretendia realizar.
Finalmente, a diretoria acordou – ou caiu da cama – e tratou de contratar o competente, testado e vitorioso Cuca para tentar salvar o ano do centenário do clube. Em oito jogos, treinador transformou o Athletico em um time sério e muito competitivo.
Desde que assumiu o comando, Cuca simplesmente colocou em prática uma política de recuperação da confiança dos jogadores, rodou o elenco com os melhores colocados à sua disposição.
Também afastou aqueles que foram contratados por interesses comerciais de agentes que sensibilizam os cartolas travestidos de executivos, definiu o padrão tático e passou a cobrar, diariamente, produtividade.
Pronto, até o então esforçado e dispersivo Canobbio virou artilheiro. Se isso não é competência de um treinador, eu não sei mais nada de futebol.
Depois de golear os seus adversários nas partidas decisivas do Paranaense e na Sul-Americana, o Furacão estreou no Brasileirão submetendo o Cuiabá a um rigoroso, minucioso e detalhado domínio que terminou com 4 a 0 no placar.
Como diria aquele atleticano no botequim, melhor que isso, só dois disso...
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...