Será que o Athletico voltará a jogar como sabe e pode?
Da vexatória derrota para o FC Cascavel, que significou o fim do sonho do inédito tetracampeonato paranaense, até a derrota de domingo para o frágil Fluminense, muita coisa aconteceu entre o CT do Caju e a Arena da Baixada.
O treinador António Oliveira foi dispensado, Paulo Autuori reassumiu e conseguiu reabilitar a equipe que, por sua vez, voltou a jogar bem e eliminou o Santos, pela Copa do Brasil e o Peñarol, pela Copa Sul-Americana.
Surpreendentemente, em vez de seguir no comando técnico até o final da temporada – faltam apenas dois meses -, Paulo Autuori cedeu o cargo para o novato Alberto Valentim, que ainda não se firmou como treinador de primeira linha. Lamentavelmente, o time voltou a jogar mal, acumulando uma sequência de péssimos resultados no Campeonato Brasileiro.
Dizem que futebol é uma paixão. E a fiel e flamejante torcida atleticana ganhou o direito de retornar à Arena da Baixada exatamente quando a equipe entrou em parafuso tático, técnico e emocional.
Só lhe restou protestar contra tudo o que viu e sentiu.
Sabe-se que a palavra paixão vem do grego “pathos”, que significa, além de outras coisas, sofrimento.
Mas o Furacão não precisava fazer a torcida sofrer tanto com esse futebolzinho de terceira categoria que vem mostrando no Brasileirão.
Dos quatro semifinalistas da Copa do Brasil, o Athletico é aquele que vem praticando o pior futebol.
Não por acaso, Atlético-MG, Flamengo e Fortaleza estão nas três primeiras posições da competição.
Algo muito estranho está acontecendo com o Rubro-Negro paranaense nesses últimos dias.
Como terá o primeiro compromisso semifinal com o Flamengo, pela Copa do Brasil, e está acompanhando a trajetória do Bragantino, com quem decidirá o título da Copa Sul-Americana, em Montevidéu, o calendário não poderia ser mais significativo para o nosso representante.
Contudo, os torcedores e todos nós que acompanhamos as nossas equipes há tanto tempo, fazem uma única pergunta: Será que o Athletico voltará a jogar como sabe e pode ?
Respostas a partir desta quarta feira à noite, na Arena Baixada.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...