Seleção entre o afeto e a vaia; Coritiba é dispersivo e desperdiça chance de ouro em casa
Foi marcante a passagem da seleção brasileira por Curitiba. Primeiro, porque foi muito bem recebida pelo torcedor em todos os lugares pelos quais passou, com destaque ao moderno CT do Caju e a excelência do gramado do Couto Pereira, no Alto da Glória.
Segundo, porque apesar de não ganhar nada importante há duas décadas, a seleção ainda desperta, sim, paixão e carinho no coração do povo brasileiro.
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No campo, entre afeto e vaia, o Brasil finalmente conseguiu voltar a ganhar nas Eliminatórias da Copa do Mundo, fazendo 1 a 0 no Equador.
O afeto por conta da emoção do público que foi ao estádio Couto Pereira, especialmente os mais jovens que pela primeira vez viram ao vivo o time que já foi pentacampeão mundial. A vaia pela apresentação decepcionante, especialmente no segundo tempo, demonstrando que o treinador Dorival Junior terá muito mais dificuldade do que poderia imaginar para reconstruir a combalida seleção.
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Simplesmente faltam jogadores com carisma para vestir a encantada camisa verde-amarela. Para quem teve capitão do time no padrão de Bellini, Mauro, Carlos Alberto, Dunga ou Cafu, fica difícil acreditar nesses zagueiros e volantes que jogam de cabeça baixa.
Os alas modernos são irregulares e o meio de campo não consegue criar situações propícias para explorar o potencial de atacantes talentosos como Rodrygo, Luiz Henrique, Vini Junior, Estevão, Endrick e outros.
Coritiba desperdiça oportunidade contra o líder
Pela Série B do Brasileirão, o Coritiba desperdiçou grande oportunidade de vencer o líder Novorizontino.
Foi superior na maior parte do jogo, abrindo a contagem, mas cedendo o empate em erro de posicionamento da sua zaga. Voltou a ficar na frente, com outro gol do atacante Júnior Brumado, mas recuou e acabou cedendo o empate em gol contra do zagueiro Thalisson.
Comprovando a sua superioridade técnica, quase chegou ao terceiro gol, mas o Coritiba foi dispersivo nas finalizações e teve que se contentar com a igualdade no placar. O G4 está cada vez mais distante, assim como o sonho do acesso.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...