Seleção brasileira tentará com Dorival Júnior recuperar o prestígio perdido
Com a paralisação dos campeonatos estaduais para o cumprimento da chamada Data FIFA, as atenções se voltam a outrora admirada, respeitada e temida seleção brasileira, que vive verdadeiro suplício nas Eliminatórias Sul-Americanas.
Com a cúpula da CBF completamente desmoralizada e sem a emissão de algum sinal que signifique mudanças no horizonte, a seleção brasileira tentará com Dorival Júnior recuperar o prestígio perdido. Pelo menos estão depositadas no caráter profissional do novo técnico todas as esperanças para alguma modificação no sombrio panorama que tomou conta da equipe nacional.
Os fracassos nas últimas cinco Copas do Mundo disputadas, com intenso rodízio de treinadores e jogadores, serviu para confirmar o distanciamento técnico da atual geração de futebolistas com aqueles que ganharam o último mundial há 22 anos. Craques verdadeiros, que desequilibravam os jogos e estabeleciam situações diferentes a cada momento, foram o diferencial do nosso futebol entre a conquista da primeira Copa, em 1958, e a última, em 2002.
+ Leia todas as colunas de Carneiro Neto
Dorival Júnior é reconhecidamente um técnico capaz, vitorioso e que reúne condições de melhorar o rendimento da seleção, mas necessita contar com a inspiração e, sobretudo, o empenho dos jogadores que recebem milhões nos seus clubes, mas que não rendem o suficiente quando convocados para defender a famosa camisa canarinho.
A estreia do novo treinador será sábado (23) no amistoso com a Inglaterra, em Londres, e na terça-feira (26), a seleção jogará com a Espanha, em Madri. Portanto, dois adversários de outra categoria em comparação com os selecionados sul-americanos, que atualmente estão melhores colocados na classificação em busca das vagas para a próxima Copa do Mundo.
Dorival Júnior certamente irá trabalhar com todas as possibilidades para tentar definir o time titular, oferecer padrão de jogo e procurar reabilitar o respeito do povo que anda cansado de tantas decepções nos últimos anos.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...