Seleção brasileira precisa melhorar muito para recuperar o prestígio
O fracasso da seleção brasileira na Copa América não chegou a surpreender, afinal o outrora respeitado e admirado time pentacampeão mundial derreteu nas últimas duas décadas com fracassos retumbantes em mundiais e mesmo no torneio continental atualmente dominado pela Argentina.
Não por acaso a Argentina da geração Messi também ganhou a última Copa do Mundo, enquanto que, a geração Neymar, simplesmente não consegue superar adversários claramente de menor envergadura técnica e, sobretudo, retrospecto. Isso aconteceu de forma lamentável nas copas da Russia e do Qatar.
Depois de perder tempo com o discutível Tite e queimar o filme do criativo Fernando Diniz, a combalida diretoria da CBF apostou as fichas em Dorival Júnior, um grande vencedor sob todos os aspectos. Só que Dorival Júnior tem um grande desafio pois a seleção brasileira precisa melhorar muito para recuperar o prestígio.
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Os goleiros convocados são experientes e dão conta do recado, mas os alas dos dois lados são irregulares e o miolo de zaga com Marquinhos e Eder Militão representa a alegria dos atacantes adversários.
O selecionador nacional terá que colocar o dedo na ferida, na escalação e no posicionamento da retaguarda, se quiser melhorar o rendimento nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026.
O mesmo se aplica ao meio de campo, pois Bruno Guimarães, Paquetá e João Gomes estão anos luz de distância dos grandes craques que defenderam a camisa canarinho na conquista dos cinco títulos mundiais.
Da mesma forma que os atacantes Vini Jr, Rodrygo, Endrick, Estêvão e Luis Henrique surgem como revelações encantadoras em seus clubes, mas que necessitam, obrigatoriamente, brilhar nestas próximas partidas para conquistarem a confiança do torcedor que anda meio ressabiado ultimamente.
E tudo recomeça nesta sexta feira, frente ao Equador, no estádio Couto Pereira, onde Dorival Junior foi bem sucedido como jogador e como treinador do Coritiba. Voa, Canarinho !
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...