Seleção brasileira frustrou a torcida novamente
Vamos deixar o pacote de pipoca, que um torcedor atirou no final da partida sobre o polêmico Neymar de lado. O gesto apenas expressa o que a maioria da torcida acha do jogador que não explode como craque incensado vestindo a camisa verde-amarela.
Mais importante destacar é que a seleção brasileira frustrou a torcida novamente com uma atuação fraca em Cuiabá, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. Após as duas vitórias iniciais, sob o comando de Fernando Diniz, muita gente esfregou as mãos e apostou que agora o time nacional iria mostrar todas as suas qualidades técnicas.
Mas não foi o que aconteceu no empate com a Venezuela, remetendo todo publico às tristes lembranças dos inúmeros fracassos registrados nos últimos 21 anos, com cinco copas perdidas sem nenhuma ameaça animadora de, pelo menos, chegar à final para a decisão do torneio.
Para quem sonha com o hexa, sobretudo a nova geração que alimenta a esperança de comemorar a conquista de um título mundial, está virando pesadelo.
Antigos problemas surgiram no decepcionante empate com a Venezuela: defesa insegura, alas com baixa produtividade, meio de campo com pouca criatividade e ataque inoperante.
Neymar continua o mesmo: hábil no domínio da bola, mas inoperante como armador de jogadas ofensivas bem elaboradas ou, principalmente, líder dessa nova geração perdedora. Daí a explicação do pacote de pipoca.
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Bruno Guimarães e Rodrygo são apostas, afinal, brilham em seus clubes, mas ainda não conseguiram empolgar na seleção. Richarlison continua irregular tanto no seu time Tottenham quanto vestindo a camisa canarinho.
Vinicius Junior continua sendo a maior esperança e terá a oportunidade de confirmá-la no próximo jogo, frente ao Uruguai, em Montevidéo. O mesmo Uruguai que fez uma grande partida no empate com a Colômbia, em Barranquilla.
Ah, quase ia esquecendo: que golaço do jogador Bello no empate venezuelano. Uma meia bicicleta de categoria entre os atarantados zagueiros brasileiros.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...