Seleção brasileira em busca de uma nova identidade
Há cinco Copas do Mundo sem brilhar e jogando futebol pobre nas atuais Eliminatórias para o próximo mundial, a seleção brasileira em busca de uma nova identidade enfrenta o Peru, no Mané Garrincha.
O único país pentacampeão mundial de futebol segue no seu caminho para a classificação, mas com sofrimento para sua torcida. A América do Sul tem seis vagas diretas para a Copa com 48 seleções, em 2026, no Canadá, Estados Unidos e México.
Uma extravagância, sem dúvida, que interessas aos cartolas apenas pelo lado político e econômico, já que a parte técnica e os grandes espetáculos dos mundiais antigos há muito tempo foram jogados na lata de lixo da história.
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São os novos tempos, cada vez mais aziagos e com o ser humano revelando as suas piores características em qualquer atividade.
Isso se reflete também no futebol, onde os dirigentes se tornaram profissionais, mas em sua maioria continuam medíocres, os treinadores e jogadores supervalorizados, mas com rendimento inferior na comparação com os jogos e campeonatos do passado.
Os supercraques desapareceram do mercado e andam fantasiando qualquer jogador bonzinho como se fosse fora de série. A mídia, obviamente, tem a sua parcela de responsabilidade, especialmente a que atua nas transmissões das televisões e dos streamings, com dinheiro a rodo, para mostrar futebol de baixo nível técnico na maioria dos jogos pelo planeta afora.
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Trabalhando sob pressão, Dorival Júnior tenta melhorar o padrão de jogo do selecionado, mas sabe que não é tarefa fácil diante da pobreza técnica individual da maioria de jogadores dessa geração e das implicações de melhorar o rendimento coletivo.
Sem contar com bons alas, zagueiros interiores seguros, meio de campo com pouca criatividade, cada jogo da seleção brasileira virou um tormento, tanto dentro quanto fora de campo. Dentro porque as exibições não agradam, assim como os resultados tampouco; fora porque os torcedores andam se desligando, lentamente, daquela paixão incontida pela camisa canarinho, tantas vezes festejada como sinônimo de arte e talento.
Restam os bons atacantes com os quais podemos contar. Mas para que eles deslanchem marcando gols, necessitam receber as assistências dos alas e dos meias, algo que raramente acontece pela limitação técnica generalizada.
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Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...