Crônica

Morreu Renatinho, mas o sonho do Coritiba continua

Por
Carneiro Neto
04/07/2021 13:51 - Atualizado: 04/10/2023 18:08
Morreu Renatinho, mas o sonho do Coritiba continua
| Foto: Albari Rosa/Foto Digital/UmDois

Renato Follador Junior, o nosso fraterno amigo Renatinho, lamentavelmente não resistiu aos efeitos corrosivos do vírus que abala a humanidade há quase um ano e meio. Morreu Renatinho, mas o sonho do Coritiba continua.

Coxa-branca de casa, pois seu pai foi craque, titular absoluto da ponta esquerda nas conquistas de vitórias e títulos na década de 1950, ao lado de Fedato, Carazzai, Miltinho, Almir Manzochi, Duílio, Ivo e tantos outros ídolos, ele também tornou-se jogador.

Revelado na base, ao lado do irmão Paulinho, que jogava como volante, Renatinho foi ponteiro canhoto.

Logo numa época em que o Coxa possuía o titular incontestável Aladim e a maior revelação da sua história – Dirceu Guimarães – que, entre outras proezas, disputou três Copas do Mundo e uma Olimpíada.

A carreira de Renatinho como profissional foi relativamente curta, mas ele perpetuou em seu coração o amor pelo clube.

Na iniciativa privada, foi profissional de altíssimo nível em sua área – Previdência – mas sempre acompanhando o futebol de perto.

Ganhou a oportunidade de tornar realidade os seus sonhos ao ser eleito presidente do Coritiba.

Com um grupo de companheiros disposto a recuperar o clube - corroído por más administrações e um endividamento fora de controle - ele assumiu cheio de ideias, planos e projetos.

Tristemente não teve tempo de executá-los.

O que é a morte ? 

Segundo o grego Platão, trata-se de uma mudança, uma migração da alma, deste mundo para outro.

Para Shakespeare, na obra Hamlet, a morte seria contraponto no tormento da vida “Ser ou não ser, esta é a questão, morrer, dormir, sonhar talvez, quem suportaria os fardos se não fosse o terror da morte”.

O filosofo francês Sartre escreveu “todo ente nasce sem razão, se prolonga por fraqueza e morre por acaso”. Para ele, o sentido da vida quem dá somos nós mesmos, que estamos condenados a nos fazermos permanentemente, vivendo cada momento.

Seria, talvez, o “carpe diem”: aproveitem o dia.

A ausência prematura de Renatinho deixou uma mensagem profunda: deve funcionar como um dínamo de motivação para os seus amigos e seguidores.

O sonho da completa reabilitação do Coritiba não pode parar.

Veja também:
Melhor defesa e sem "invenções": o que esperar de Mozart no Coritiba
Melhor defesa e sem "invenções": o que esperar de Mozart no Coritiba
Barato saiu caro? Reforços a "custo zero" somem no Athletico
Barato saiu caro? Reforços a "custo zero" somem no Athletico
Mercado da bola: negociações do futebol nesta terça-feira (26)
Mercado da bola: negociações do futebol nesta terça-feira (26)
Brasileira detona rival após sofrer golpes em região íntima e faz pedido ao UFC
Brasileira detona rival após sofrer golpes em região íntima e faz pedido ao UFC

Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...

+ Notícias sobre Carneiro Neto
Coritiba: crise na gestão do futebol é mais séria do que se imagina
Carneiro Neto

Coritiba: crise na gestão do futebol é mais séria do que se imagina

Contrastes da dupla Atletiba e decepções generalizadas no futebol brasileiro
Carneiro Neto

Contrastes da dupla Atletiba e decepções generalizadas no futebol brasileiro

Torcida do Athletico quebra recorde, empurra o time e respira aliviada
Carneiro Neto

Torcida do Athletico quebra recorde, empurra o time e respira aliviada

Tudo Sobre

Morreu Renatinho, mas o sonho do Coritiba continua