O pior time do Athletico na história recente ligou o modo vexame
A goleada de 5 a 2 imposta pelo Corinthians não só remeteu o Athletico, pela primeira vez neste campeonato, à zona de rebaixamento, como serviu para aumentar o grau de preocupação quanto à capacidade técnica e emocional desse grupo de jogadores evitar o desastre supremo no ano do centenário do clube.
A partida foi eletrizante em Itaquera com o time paulista abrindo a contagem em chute certeiro de Matheuzinho.
No lance do segundo gol, na cobrança de escanteio, verificou-se apenas a tradicional indolência da zaga atleticana que não sabe antecipar-se para evitar o pior. Mas o pior mesmo é que esse tipo de comportamento errático da defesa ocorre há dois anos sem que nenhum treinador tenha conseguido corrigi-lo.
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Os corintianos baixaram a rotação e o Athletico chegou heroicamente ao empate com um gol de cabeça de Nikão, com habilidade e oportunismo, e outro de Erick, em boa trama ofensiva pela direita.
Mas o chutão longo do holandês Memphis Depay acabou com as ilusões que ainda podiam existir e Cuello encarregou-se de perder uma bola dominada permitindo que o contra-ataque conduzisse o adversário ao quarto gol. Com a participação indelével do zagueiro Lucas Belezi, que deu um peteleco na bola em vez do recomendado chutão nessas circunstâncias.
Daí para frente o Furacão derreteu e a goleada impiedosa tornou-se inevitável.
No balanço final sobrou a constatação de que os nossos alertas lamentavelmente se confirmaram: excesso de jogadores estrangeiros contratados – no que Paulo Autuori concorda -, mudança sem nenhum critério de cinco treinadores em dez meses, baixa qualidade técnica generalizada do elenco formado, insegurança coletiva que recomenda auxílio psicológico e a sensação de impotência do grupo quando sente a superioridade do adversário, especialmente nas partidas disputadas dentro da Ligga Arena.
O pior time do Athletico na história recente ligou o modo vexame.
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Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...