Desafiado a evitar o estigma de ser o pior Athletico da história recente
O ano do centenário começou repleto de promessas para a torcida do Athletico, mas com um planejamento no departamento de futebol beirando a indigência profissional, logo desencadeou o processo de troca-troca de treinadores e o time afundou.
Substituindo o colombiano Osorio, Cuca conseguiu ajeitar as coisas e garantir a conquista do bicampeonato estadual, o que é muito pouco se levarmos em conta o patamar técnico alcançado pelo clube nas últimas décadas e, sobretudo, pelo dinheiro investido na formação do elenco para esta temporada.
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Sem comando racional no futebol, prosseguiu o ritmo alucinante de contratações e dispensas de CEO’s, executivos, treinadores e outros envolvidos na lamentável gestão dentro do CT do Caju.
Entrando no quinto treinador do ano – média de uma mudança a cada dois meses, algo impensável em qualquer associação esportiva minimamente organizada –, rodando incessantemente o grupo de jogadores e sendo eliminado da Copa do Brasil e da Copa Sul-Americana, restou o Brasileirão, onde a equipe mantem inédita sequência de maus resultados dentro da Ligga Arena.
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Praticando futebol de segunda categoria e sem perspectivas claras de melhora, a partida com o Botafogo – líder do campeonato e invicto há algumas rodadas – surge como mais um teste para arrebatar o torcedor.
Está desafiado a evitar o estigma de ser o pior Athletico da história recente. Sim, recente, pois no passado profundo foram reunidos alguns times que decepcionaram profundamente, logo esquecidos pela recuperação de outros, através das décadas, com conquistas importantes na rica história atleticana.
Desde que o categorizado Fernandinho lesionou-se o time derreteu dentro de campo. Sem um líder e, sobretudo, um jogador que consiga organizar o meio de campo, observa-se a repetição de falhas primárias e irritantes na defesa, especialmente quando sofre gols nos acréscimos do tempo de jogo, a inoperância da maioria dos jogadores e um ataque absolutamente improdutivo.
Lucho González, o quinto comandante do ano, tem afirmado que confia na possibilidade de recuperação. Espera-se que consiga, antes que seja tarde demais.
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Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...