Isolado, Petraglia chama atenção pela má gestão no futebol do Athletico
A última reeleição de Mario Celso Petraglia representou, a meu ver, uma temeridade, já que ele se encontrava em tratamento médico. Mas, como a oposição não demonstrou força política, recuou e acabou fechando um acordo para um novo mandato no Athletico. Pareceu que tudo estava sob controle.
Porém, os últimos acontecimentos indicam que, isolado, o presidente Petraglia chama atenção pela má gestão no futebol do Athletico.
Com péssimo planejamento no futebol do clube para o ano do centenário – o Furacão está partindo para o terceiro treinador em sete meses -, o recém-contratado CEO, Alexandre Leitão, foi dispensado e os considerados novos reforços do elenco não conseguem convencer - os comentários que surgem aqui e ali, indicando que as coisas não caminham bem.
Claro que os tropeços nas três competições que disputa trouxeram suspeitas de que alguma coisa errada está acontecendo. Cuca pediu reforços, não foi atendido e teve um surto com a sequencia de pontos perdidos no Brasileirão, por falhas dos zagueiros e inoperância dos atacantes, renunciando ao cargo. No atual panorama de pobreza do futebol brasileiro, tornou-se impossível encontrar um substituto à altura para o vitorioso Cuca.
Os fracassos na Copa do Brasil e na Copa Sul-Americana também contribuíram para aumentar o grau de preocupação e dúvidas da torcida atleticana quanto a possibilidade de o time conquistar algum título importante no ano do centenário.
Opção de Petraglia faz lembrar experiências lamentáveis
Agora, no mês decisivo para o futuro da equipe nos três campeonatos que disputa, Petraglia acenou com a contratação do novato técnico Martin Varini, fazendo lembrar as lamentáveis experiências com Casemiro Mior, Givanildo, Juan Ramon Carrasco, Miguel Angel Portugal, Fernando Diniz, António Oliveira e outros mais nos últimos vinte anos. Tiago Nunes foi a exceção, constituindo-se no até então único desconhecido que levou o Athletico a ganhar os títulos na Sul-Americana e na Copa do Brasil.
O sinal vermelho está aceso para o torcedor atleticano!
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...