Perturbadora campanha do Athletico agita torcedores e conselheiros
Se promovermos um levantamento do começo da era Mario Celso Petraglia até hoje, portanto nos últimos 29 anos, entenderemos porque a torcida atleticana está atônita com o iminente rebaixamento do Athletico logo no ano do centenário.
O eficiente Petraglia revolucionou o clube, contando com o apoio e a participação de diversos atleticanos, que foram se afastando pouco a pouco, ou simplesmente não suportando mais o estilo agressivo, arrogante e personalista do presidente que comandou o Furacão, direta ou indiretamente.
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Duas arenas foram construídas, o mais moderno centro de treinamentos do país foi edificado, Kléberson saiu como revelação do CT do Caju para virar pentacampeão mundial pela seleção brasileira, inúmeros outros craques foram revelados, vários títulos estaduais foram conquistados, um título brasileiro e um vice da Série A, dois vices e um título da Copa do Brasil, bi campeão da Copa Sul-Americana e dois vices da Copa Libertadores da América encheram a torcida de orgulho e satisfação.
O El Paranaense transformou-se em admirado case. Adoentado, Petraglia teve que se afastar do dia a dia, passou a dirigir o clube a longa distância, em ato de alto risco aceitou a última reeleição e ficou feliz com a colocação do seu nome no tradicional Estádio Joaquim Américo.
Só que o futebol tem uma dinâmica diferente de qualquer outra atividade, comercial, empresarial, esportiva ou seja lá como virou esse verdadeiro fenômeno no mundo dos negócios em escala mundial.
E, com o presidente afastado por motivos de saúde, sem que nenhum outro diretor institucional tenha sido convidado para ajudá-lo ou mesmo substituí-lo temporariamente, tudo caiu nas mãos dos executivos profissionais e aí está o tenebroso resultado.
Diversos executivos entraram e saíram neste ano, cinco treinadores comandaram o confuso time e o elenco formado foi um fracasso técnico nas copas do Brasil e Sul-Americana, e agora se arrasta no Brasileirão.
A perturbadora péssima campanha do Athletico agita torcedores e conselheiros, pois, apesar de tudo, a equipe só depende matematicamente dela, para evitar o histórico vexame do rebaixamento para a Série B no ano do centenário.
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Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...