Paulo Autuori representa uma luz na escuridão do futebol coxa-branca
Há um ano, quando o Coritiba decidiu trocar o comando aproveitando os termos da lei da
sociedade anônima do futebol, encontrava-se insolúvel e sem melhores opções diretivas.
Na realidade o tradicional clube foi vítima de péssimas administrações nos últimos anos e quebrou após o falecimento do promissor presidente Renato Follador Junior, que apresentava todos os requisitos para, finalmente, dar início a um programa de recuperação econômica, financeira e esportiva.
O vice Juarez Moraes e Silva assumiu, mas por questões pessoais, afastou-se e não restou outra alternativa senão adotar a popular SAF.
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Pois bem, ao contrário do que muitos imaginavam, a nova lei de tentativa de salvação dos times quebrados ainda não apresentou os resultados esperados no futebol brasileiro.
E não se trata apenas de problemas dentro de campo, com o incessante troca-troca de treinadores, de supervisores ou na formação equivocada dos elencos.
O problema parece ser mais grave já que se trata da carência de gestores profissionais realmente competentes no mercado.
Assim como existe flagrante crise de novos técnicos, de novos árbitros e mesmo de novos jogadores que possam recolocar o prestígio da seleção brasileira no seu devido lugar.
Coritiba ganha luz na escuridão com Autuori
Voltando ao Coritiba, o anuncio da contratação do experiente Paulo Autuori representa uma luz na escuridão do futebol coxa-branca.
Sim, porque se com os dirigentes convencionais, ou institucionais, como queiram, as coisas iam muito mal, continuaram do mesmo jeito com os gestores contratados pelo grupo de empreendedores no que diz respeito ao futebol.
O Coxa fracassou em todas as competições que participou nos últimos doze meses e, no
momento, tem um único objetivo na vida: tentar voltar outra vez a série A do Brasileirão.
Exatamente por isso a presença de Paulo Autuori surge como um raio de esperança desde, é óbvio, que tenha espaço, liberdade e recursos para iniciar o plano de recuperação da equipe.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...