Parece que os milionários jogadores perderam o gosto pela seleção
Da desastrosa campanha na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, quando foi reunido pela última vez excelente grupo de jogadores, até agora a seleção brasileira só decepciona.
Jogando na Europa e todos precocemente milionários, parece que os jogadores perderam o gosto pela seleção.
Não é porque atuam em grandes times europeus que deveriam ter convocação compulsória como acontece, por exemplo, com o meia armador Lucas Paquetá.
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Ele fracassou no Mundial do Catar e voltou a jogar mal na derrota para o Marrocos.
Aliás, que time bem armado esse do Marrocos que possui, verdadeiramente, um treinador competente e jogadores com espírito de seleção.
Ramon Menezes cumpriu a sua missão discretamente, sendo infeliz em algumas convocações e mais infeliz ainda na hora de montar o time.
Sem laterais tecnicamente a altura de uma equipe que ostenta o prestígio de pentacampeã mundial, com um miolo de zaga indeciso, um meio de campo sem criatividade e um ataque fraco, torna-se difícil acreditar na recuperação do nosso selecionado.
Andrey e Rodrygo também estiveram bem abaixo do que se esperava, assim como Vinicius Jr ficou completamente isolado sem um meia ou um ala esquerdo para encostar nele, para organizar as jogadas que ele consegue executar, magistralmente, no Real Madrid.
Depois de tantos fracassos e com esse padrão de dirigentes que temos na CBF, fica cada vez mais improvável apostar na pronta recuperação do futebol brasileiro.
Esse negócio de contratar técnico estrangeiro representa tremenda palhaçada, pois as maiores dificuldades estão na origem: má formação na base dos clubes, cartolas oportunistas e jogadores endinheirados e vaidosos.
Será longo o caminho para a plena reabilitação da nossa seleção nacional.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...
