Palmeiras líder, Coritiba respirando e Athletico doente no Brasileirão
Tanta coisa aconteceu neste final de semana no Brasileirão que tentarei selecionar os temas.
Por exemplo, o péssimo calendário do nosso futebol, graças aos anacrônicos e deficitários campeonatos estaduais, provoca exaustão na maioria dos jogadores no fim da temporada; já as conseqüências do VAR excessivamente detalhista, deixaremos para outro dia.
Fiquemos com a parte técnica e aí o Botafogo transformou-se em “case” de como entregar um título ganho antecipadamente.
Cedendo o empate ao limitado Bragantino, o Botafogo finalmente ofereceu de bandeja a liderança do campeonato ao Palmeiras, que goleou o Internacional e foi beneficiado pelos tropeços do Flamengo e do Grêmio. Tite e Renato Gaúcho ficaram sem argumento no discurso pós-jogo.
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O Coritiba parece que se dá melhor jogando fora do estádio Couto Pereira, pois venceu o Cruzeiro na Vila Capanema, em partida na qual antecipamos o elevado risco de conflito.
Alertei que seria necessária atenção redobrada para a segurança e, lamentavelmente aconteceu, com a imbecil invasão de campo por parte de alguns irresponsáveis da torcida organizada do Cruzeiro.
Equivocadamente torcedores do Coxa também invadiram o gramado. Porém, a meu juízo, quem provocou tudo foi a legião de cruzeirenses.
O Coritiba achou um gol no final, em belo voleio de Robson, e isso deixou a torcida mineira irada. Ela que já estava transtornada com o gol anulado a favor do seu time, por minuciosidade milimétrica do tal VAR.
Jogo nervoso, tecnicamente fraco e que evidenciou o atual nível das duas equipes que lutam contra o rebaixamento. Mas o Coritiba continua respirando.
Na tentativa de ganhar uma vaga na próxima Libertadores da América, o Athletico voltou a decepcionar a sua torcida com um empate sem graça na Bahia.
A vaga está cada vez mais difícil, pois dos últimos 15 pontos disputados o Furacão ganhou apenas três.
Tudo porque continua sem comando, dentro e fora de campo, sem espírito de luta, sem inspiração, sem organização de jogo e muito menos talento para mudar o panorama sombrio de um ano decepcionante. Lamentavelmente a conclusão é de que o Athlético está doente.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...