Osorio roubou a cena no clássico Atletiba bem disputado
Teremos de iniciar a análise dos acontecimentos de domingo no Alto da Glória de maneira inversa. Ou seja, da entrevista coletiva do treinador atleticano Juan Carlos Osorio até a notícia do falecimento do diretor Junior Chávare do Coritiba.
Osorio roubou a cena no clássico Atletiba bem disputado na surrealista entrevista coletiva que concedeu ao final da partida. Contrariado, irritado e profundamente vaidoso, o colombiano não economizou palavras para diminuir a capacidade técnica do atual futebol brasileiro, desrespeitoso com o adversário e com o próprio time em que trabalha.
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Chegou a dar um mergulho no passado recordando a talentosa, mas derrotada, seleção brasileira da Copa do Mundo de 1982, lamentou a queda técnica da nova geração de jogadores brasileiros – com o que concordo e tenho registrado frequentemente nos últimos 10 anos -, afirmou que achou péssima a atuação da sua equipe e do próprio adversário. Só faltou dizer que está arrependido de ter vindo morar em Curitiba e aceitado a trabalhar em um clube como o Athletico.
Se algum dirigente do Furacão, com alguma autoridade além de Petraglia, ouviu a entrevista de Osorio, devia chamá-lo para uma conversa logo no café da manhã, cobrar-lhe postura mais profissional e educada ou simplesmente dispensá-lo antes que a coisa piore.
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Guto Ferreira fez a sua parte, com humildade e segurança, pois o Coritiba sofreu o primeiro gol – em bela jogada de Canobbio concluída por Mastriani – e logo se recompôs em campo, igualando as ações até chegar ao empate em jogada bem trabalhada em cima da desorganizada defesa atleticana e Matheus Bianqui chutou de forma certeira.
Houve rigoroso equilíbrio no segundo tempo, mas as melhores oportunidades para a marcação de gol foram criadas pelo Coxa – talvez isso tenha mexido com o gurgumilo de Osorio –, que pressionou empurrado pela sua torcida.
Antes do inicio da partida a triste notícia da prematura morte do diretor executivo Junior Chávere do Coritiba. Profundamente lamentável.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...