Antes do clássico Atletiba, analisando a performance dos dois times nesta temporada, conclui que o Coritiba estava melhor preparado para as partidas semifinais do Campeonato Paranaense.
Não que esse favoritismo significasse o triunfo garantido na Arena da Baixada. Acabou acontecendo por circunstâncias em uma partida bem disputada e na qual os goleiros Santos e Muralha tiveram atuações destacadas. Sem esquecer que o consagrado Santos errou feio no lance do primeiro gol coxa-branca.
A desesperada pressão exercida pelo time atleticano no segundo tempo salientou o equilíbrio do sistema adotado pelo técnico Gustavo Morínigo.
Aliás, o paraguaio está com o elenco nas mãos e o time tecnicamente simples, mas taticamente bem organizado.
E definido, o que é mais importante.
Aliás, definição de um projeto é o ponto mais destacado do momento Coxa. Do equilibrado e sensato presidente Juarez Moraes e Silva até os jogadores dentro de campo observa-se confiança, segurança e determinação.
Coisa que não acontece no Athletico, onde do presidente Mario Celso Petraglia ao ponta esquerda, o que se percebe é insegurança, indefinição e pouca humildade.
Nem vou falar do pomposo anúncio da comissão técnica e do seu fim em apenas dois meses de um ano com inexplicável péssimo planejamento no departamento de futebol.
Foi chocante para o torcedor a pouca atenção profissional dada à preparação da equipe aos confrontos com o Palmeiras pela Recopa Sul-Americana.
Basta observar que com a suspensão de Alberto Valentim – expulso no Atletiba – o substituto será o carismático, mas inexperiente Lucho González. Se houvesse coerência, o treinador deveria ser Wesley Carvalho, experiente condutor formado na base do Palmeiras, que trabalhou durante a maior parte do campeonato estadual.
Apesar das inúmeras contratações, algumas discutíveis, como o retorno de Pablo, há muito tempo sem ritmo de jogo, ninguém sabe qual é o time titular do Furacão.
E vejam que estamos encerrando o terceiro mês do ano e logo, logo, começarão os desafios da Copa Libertadores da América, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro.
Alguma coisa anda muito errada no reino do CT do Caju.
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Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...