Passadas as emoções da Supercopa, com o triunfo do Atlético-MG sobre o Flamengo, as atenções se voltam para a Recopa Sul-Americana reunindo Athletico e Palmeiras, na Arena da Baixada.
Pelo padrão técnico dos elencos e pelas conquistas obtidas recentemente, não parecem existir dúvidas quanto a diferença entre o trio Galo, Mengão e Porco em relação aos demais concorrentes nacionais e, até mesmo, continentais.
Os três terminaram nas primeiras posições da Série A do Campeonato Brasileiro e estiveram nas principais decisões da temporada passada. O Atlético-MG faturou quase tudo: campeão nacional, campeão da Copa do Brasil e, agora, da Supercopa.
O Palmeiras ficou com o título da Libertadores da América, ao superar o Flamengo na final, e o vice mundial de clubes ao ser batido pelo Chelsea.
Qual seria, então, o quarto melhor time do país no momento ?
Aí é que entra o Athletico, que foi campeão da Copa Sul-Americana e vice da Copa do Brasil.
Entretanto, analistas, observadores e até mesmo torcedores torcem o nariz e têm dúvidas quanto à envergadura técnica do nosso representante.
Tudo porque ele não cumpriu boa campanha na Série A e desperdiçou, de forma bisonha, a chance de ganhar o inédito tetracampeonato estadual.
Mas o enigmático Athletico está de volta.
E os mistérios em torno do Furacão não são poucos.
Primeiro, porque dispensou a dupla Paulo Autuori-Ricardo Gomes, e até agora o respeitável público não recebeu nenhuma informação oficial dos motivos que levaram à surpreendente decisão.
Segundo, porque foram contratados diversos reforços e nem a metade teve a chance de se exibir ou mesmo de se ser testada no campeonato estadual.
Portanto, Alberto Valentim pode nos surpreender com a escalação do chamado time principal, na largada da Recopa Sul-Americana.
Mas terá entrosamento, confiança e variação de jogadas para surpreender o Palmeiras ?
O adversário, ao contrário, vem jogando – vencendo ou perdendo -, sendo testado e com uma respeitável equipe sob o comando do seguro e perspicaz Abel Ferreira.