O dilema do Coritiba: demitir ou manter António Oliveira
O Coritiba, atual campeão paranaense, foi eliminado pelo Cascavel e não tem tempo para pensar em mudanças imediatas, pois joga com o Criciúma, pela Copa do Brasil.
Quando decidiu contratar o português António Oliveira como treinador a diretoria coxa-branca arriscou na aposta feita.
O jovem técnico passou discretamente pelo Athletico e recebeu a grande oportunidade de dirigir o Coritiba, dentro de uma proposta de renovação.
Renovação que não se limita ao time, mas à modernização do estádio Couto Pereira, do escudo, da camisa e da comunicação visual em geral.
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Aos olhos da torcida, o principal seria acertar nas contratações para que a equipe realize boa campanha nesta temporada. Mas, pouco antes da metade do terceiro mês do ano, o futebol coxa-branca está em crise.
Não só pela eliminação no estadual, mas pelo risco de encontrar, mais uma vez, muitas dificuldades para manter-se na Série A do Brasileirão. Observa-se o dilema do Coxa: demitir ou manter António Oliveira.
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Tudo porque não se pode depositar somente na conta do goleiro André Luiz, do Cascavel, em sua excepcional atuação sábado no Alto da Glória.
É preciso responsabilizar a inabilidade e imperícia dos jogadores do Coritiba que precisavam marcar dois gols e não fizeram nenhum.
O técnico foi criticado e recebeu vaias porque no entendimento do público demorou muito para mexer no time, que não conseguia chegar na marcação dos gols salvadores.
Mas a diretoria também tem a sua parcela de responsabilidade no inesperado fracasso, afinal foi ela quem escolheu os membros da comissão técnica, os CEOs e Heads da vida, e autorizou as contratações dos jogadores tidos como reforços.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...