O Coritiba já tem o discurso, agora falta a carpintaria
Dizia o antigo ministro da Economia, Embaixador e Senador, Roberto Campos, que “a burrice no Brasil tem passado glorioso e futuro promissor”.
Basta observar a forma como as autoridades públicas estão cuidando da população, dos negócios, dos empregos, da estrutura hospitalar e da compra antecipada de vacinas durante a terrível pandemia do coronavírus, que está fechando um ano de azucrinação neste mês de março.
E o futebol, como não poderia deixar de ser, tem sido vítima da ausência de um competente e bem elaborado plano nacional de combate à peste.
O que se observa é o Ministério da Saúde com a quarta troca de ministro, os governadores e prefeitos batendo cabeça com um “abre e fecha” sem qualquer resquício de planejamento estratégico em conjunto com as autoridades sanitárias e epidemiológicas.
Confira a classificação do Campeonato Paranaense
Tem cidade que permite a realização de partidas de futebol e tem cidade, como Curitiba, por exemplo, que não deixa nem os times treinarem.
Sendo assim, a estreia do Coritiba no Campeonato Paranaense é aguardada com expectativa. Será nesta terça feira, em Arapongas, frente ao Maringá.
Que as lágrimas derramadas pelos torcedores na temporada passada sejam a água benta da ressurreição coxa-branca.
Coritiba deve aliar discurso da diretoria com resultados em campo
A nova diretoria assumiu com um projeto de ampla recuperação do clube. O trabalho abrange a grave crise econômico-financeira, a queda no número de associados por causa do impedimento de o publico comparecer aos estádios, a recuperação do sistema de seleção e treinamento no CT da Graciosa e um novo time para melhorar a performance do Coxa neste ano.
O Coritiba já tem o discurso, agora falta a carpintaria.
Ou seja, todos acreditam nas palavras dos novos dirigentes, jovens empresários bem sucedidos em suas especialidades particulares, que resolveram assumir o risco de tentar salvar um clube tão tradicional e que convive com crises em todos os setores há muitos anos.
Agora resta acompanhar o trabalho de carpintaria dos operários da comissão-técnica liderada pelo paraguaio Gustavo Morínigo e dos jogadores dentro de campo.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...