O bi olímpico no futebol será muito bem-vindo
O futebol globalizado instalou-se definitivamente nos
corações e nas mentes da população brasileira, unida em suas diferenças em
torno do mesmo fim: torcer pela seleção brasileira de futebol.
No passado, o sentimento era mais intenso, primeiro, porque o time verde-amarelo contava com jogadores excepcionais, num arco que vai de Pelé, Didi e Garrincha até Romário, Ronaldo e Rivaldo, passando por Zito, Djalma Santos, Nilton Santos, Carlos Alberto, Tostão, Gerson, Cafu, Roberto Carlos, Ronaldinho Gaúcho e tantos outros. Segundo, porque o time nacional construiu sólida campanha de triunfos culminando com a conquista do pentacampeonato mundial, confirmando nossa hegemonia internacional e garantindo ao Brasil o seu lugar no pódio.
Estes sentimentos, devidamente excitados pela opinião pública e pela mídia, foram de tal maneira exacerbados que chegaram ao limite da histeria coletiva na conquista do Tri, em 1970, no México.
Com o passar do tempo, os grandes craques foram escasseando e o jogador moderno transformou-se em autêntica “commodity”, o futebol virou um negócio altamente rentável e os grandes clubes europeus concentram a elite técnica do planeta.
Assim, ver uma partida entre times europeus é muito mais
atraente do que assistir jogos entre seleções nacionais.
Obviamente caiu o padrão técnico da Copa do Mundo, também desgastado pela politicagem marota da FIFA na escolha das sedes em quatro e quatro anos.
Com a Olimpíada não é diferente, tanto que a Rússia foi punida pelo Comitê Olímpico Internacional por contumaz uso de doping nos seus atletas, porém, o próprio COI abriu uma brecha aceitando a presença das equipes através do tal Comitê Olímpico Russo.
Não se hasteia a bandeira do país, não se toca o hino, etc.,
mas dá para perceber o grau de malandragem dessa gente.
FIFA e COI são semelhantes, porém, com estilos diferentes de atuação.
Pois bem. A seleção brasileira de futebol masculino chega a mais uma final nos Jogos Olímpicos e o bi olímpico será muito bem vindo para aplacar a frustração com a perda do título da última Copa América, dentro do Maracanã, logo para os hermanos argentinos.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...