Novo comando do Coritiba não pode perder a confiança dos jogadores
Após mais uma derrota do Coritiba, nesta impressionante e inédita escalada de fracassos no Campeonato Brasileiro, o técnico Antônio Zago defendeu-se criticando a postura dos jogadores.
Ele recebeu o apoio do seu superior hierárquico – Artur Moraes – que endossou as palavras.
Mas o novo comando do Coritiba não pode perder a confiança dos jogadores.
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Que os dirigentes dispensados há alguns dias fracassaram completamente na dispensa de Guto Ferreira, na contratação de António Oliveira e, sobretudo, na formação do atual elenco, não resta nenhuma dúvida.
Mas como se trata de página virada, precisamos prestar atenção no presente e no futuro imediato, que representam duas coisas aparentemente distintas, mas que estão relacionadas.
Explico melhor: o atual grupo de jogadores, que é tecnicamente frágil e demonstra evidente desequilíbrio emocional quando percebe a impossibilidade de obter um resultado positivo, necessita ser apoiado até que no futuro imediato cheguem os aguardados reforços.
Zago tem razão em sua exposição, porém corre o grande risco de ser boicotado pelos jogadores.
O futebol mudou muito nas últimas décadas e tornou-se um grande e simples negócio para ganhar dinheiro. Só que a parte técnica faz parte do processo e é aí que entram os profissionais, tanto da comissão técnica quanto do elenco de jogadores.
O sucesso de um dirigente de futebol ou de um treinador é semelhante ao sucesso de um ator, que se mede por tantas variáveis que cada um avalia segundo seus próprios critérios.
E todos são figuras públicas, consequentemente expostos ao exame dos associados, torcedores e, obviamente, da crônica esportiva.
Sem união e entendimento torna-se impossível realizar uma campanha de reabilitação como está acontecendo no momento com o Coxa.
Abençoados os técnicos que conseguem liderar os jogadores e conciliar técnica eficiente com aplicação tática, porque deles é o reino dos gramados.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...