Uma noite muito especial na vida do Athletico
Por mais que tenhamos experimentado diversas sensações no futebol e assistido grandes vitórias ou derrotas miseráveis dos times paranaenses através dos anos, não tenho nenhuma dúvida de que hoje será uma noite muito especial na vida do Athletico.
Não, não estou insinuando que a vitória ou o empate, que também serve, para levar o nosso representante à sua segunda final de Copa Libertadores da América, são essenciais para um feliz final de noite.
Estou me referindo ao privilégio de ver o Furacão mais uma vez elevado entre os principais times deste subcontinente sul-americano.
Ou, por outra, creio que como a torcida, considero um feito o Athletico ter brilhado tanto nos últimos anos com o bicampeonato da Copa Sul-Americana e as duas finais da Copa do Brasil, da qual saiu campeão em uma delas.
Também não se trata de evocar o espírito olímpico do Barão Pierre de Coubertin. Nada disso.
Fixo-me nos fatos e eles estão aí para revelar o sucesso atleticano, seja na frequência de grandes decisões ou na revelação de ótimos jogadores.
Aí estão três dos goleiros das semifinais da Libertadores revelados no CT do Caju: Bento, Santos e Weverton. Ou aí estão, também, tantos jogadores criados no Furacão com passaporte visado para jogar pela seleção brasileira na Copa do Mundo deste ano no Catar.
Por isso, decidir a vaga na final com o Palmeiras representa, a meu juízo, apenas mais um passo na longa caminhada do Furacão.
É o forno onde se cozinha a história em funcionamento.
O resultado do jogo é outra coisa.
Depende de uma série de circunstancias do imprevisível, e por isso mesmo, arrebatador futebol.
Sem Felipão, o auxiliar Paulo Turra orientará a equipe dentro do Allianz Parque.
Tomara o vicário Turra esteja inspirado.
Vicário, para quem não sabe, é o sujeito que faz às vezes de outra pessoa e tem o seu poder exercido por delegação de outro.
E que, mais uma vez, os jogadores vistam a camisa rubro-negra com amor.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...