A eliminação dos milionários Palmeiras e Flamengo e pai põe Neymar em liquidação
Na coluna deste fim de semana vamos fazer uma espécie de espeto corrido em torno dos principais temas do momento.
Comecemos pela eliminação dos milionários Flamengo e Palmeiras nas quartas-de-final da Copa do Brasil.
Favoritos naturais em qualquer competição, pelo peso econômico, mas nem tanto pelo virtuosismo de seus treinadores e jogadores. Provavelmente em competições de pontos corridos, como o Campeonato Brasileiro, Palmeiras e Flamengo possam tirar vantagem, pois os demais concorrentes também estão envolvidos com outros torneios paralelos e não contam com elencos tão recheados de craques.
Leia também:
- Azucrinação da cabine do VAR no ouvido do árbitro deixa apito ainda mais inseguro
- Athletico precisa de autocrítica. Sinal vermelho no CT do Caju
É o caso específico do Athletico, que eliminou o poderoso rubro-negro carioca, com quase 70 mil pessoas no Maracanã, apenas com a sua organização tática, equilíbrio emocional e eficiência.
O competente e talentoso treinador Tiago Nunes teve que recompor a zaga desde que Thiago Heleno foi punido por doping involuntário, Paulo André trocou as chuteiras pela gravata de executivo no próprio clube, Renan Lodi foi para a Europa e Lucas Halter se lesionou.
Os veteranos alas Jonathan e Márcio Azevedo jogaram no limite, o jovem Bambu saiu-se bem e Léo Pereira consagrou-se como verdadeiro gigante no setor defensivo atleticano.
Wellington, Bruno Guimarães e Rony trataram de colocar as coisas nos seus devidos lugares para equilibrar o jogo com o Flamengo.
Apesar da quantidade de jogadores com reconhecida categoria técnica, o senhor Jorge Jesus não conseguiu ganhar a partida nos 90 minutos. As três oportunidades reais desperdiçadas nos primeiros 25 minutos custaram caro ao Flamengo. Nem mesmo depois do gol de Gabigol o time mostrou-se em condições de assegurar a classificação.
Nos pênaltis, para decepção da torcida, o capitão Diego deu um peteleco e jogou a bola no peito do goleiro Santos que agradeceu, penhoradamente. Tanto quanto ao chutinho desferido por Éverton Ribeiro logo em seguida.
Leia também:
- Aos jovens, informo que existiram muitos craques superiores a Neymar
- Neymar migra às páginas policiais; sorte de Tite
- Tentando entender o novo futebol brasileiro
Com seis classificações em penalidades máximas nos últimos tempos, o Furacão comemorou alegremente a classificação histórica no Maracanã.
O Palmeiras não se definiu no Beira-Rio: Felipão ficou entre manter o zero a zero para garantir a classificação e jogar por uma bola em contra golpe. Não funcionou, pois o Internacional foi amplamente superior e fez por merecer o segundo gol cruelmente anulado pelo VAR.
Aliás, a CBF e a Comissão de Arbitragem precisam, urgentemente, chamar a atenção dos apitadores que estão se omitindo em suas decisões, fazendo uso excessivo do VAR, transferindo responsabilidades para o vídeo, paralisando constantemente os jogos e, obviamente, irritando profundamente o público em geral.
O Cruzeiro continua na crista da onda na Copa do Brasil e o Grêmio conquistou a sua vaga com muita garra e determinação.
As semifinais transformaram-se em uma Copa Sul-Minas. Cariocas e paulistas ficarão apenas assistindo.
Para encerrar o espeto corrido da semana, Neymar está em liquidação. O promotor da venda é o seu pai, Neymar sênior, que ao perceber o desinteresse de Barcelona e Real Madrid pelo pimpolho, partiu para cima da Juventus, do Bayern e dos grandes clubes ingleses. Aguardemos os próximos capítulos.
Ouça Carneiro Neto!
Carneiro Neto comenta a classificação do Athletico na Copa do Brasil! Ouça o comentário!
"O Maracanã lotado viu o Athletico fazer a festa da classificação. Mas não foi fácil. Jogo dramático e disputado. Flamengo teve maior volume de jogo. Mas o Athletico teve um tripé: sorte, eficiência e tranquilidade".
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...