Neymar é o símbolo da geração perdida do futebol brasileiro
"Geração perdida" é um termo criado pela escritora americana Gertrude Stein, que se mudou para Paris no início do século XX e da capital francesa acompanhou as duas guerras mundiais.
O famoso escritor americano Ernest Hemingway popularizou o termo em seus livros, especialmente o publicado após a sua morte, “Paris é uma festa”.
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"Geração perdida" dizia respeito ao desperdício da juventude e da perda de milhões de vidas no absurdo primeiro conflito mundial, provocando a seguir os chamados “Loucos anos 20”, culminando com a Grande Depressão na década de 1930.
Ironicamente, a humanidade não aprendeu a dura lição e a Segunda Guerra Mundial tornou-se inevitável pela intolerância, prepotência e boçalidade dos líderes políticos da época.
E a humanidade continua sem rumo, tanto que não se fez nada de efetivo contra a agressividade do ditador russo Putin que está destruindo a Ucrânia sob os olhares complacentes da ONU, da OTAN e de outros organismos inúteis.
Ah, mas existe o temor do uso da bomba atômica. Pois bem, se a Rússia usar algum artefato nuclear contra a Ucrânia, um segundo depois Moscou será varrida do mapa. E Putin sabe disso.
Mas vamos ao que interessa neste espaço: Neymar é o símbolo da geração perdida do futebol brasileiro.
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Desprezado pelo futebol europeu, diante de suas decepcionantes atuações nas últimas temporadas, pelo PSG e, sobretudo, pela seleção brasileira, ele trocou a carreira que poderia recuperar a sua imagem pela montanha de dinheiro da Arábia Saudita.
Neymar é o expoente da pior geração de jogadores na história do futebol brasileiro.
Não só pelo fato de a seleção não ganhar uma Copa do Mundo há tanto tempo, pois os nossos clubes também não conquistam títulos mundiais há muitos anos. Mas os jogadores atuais não convencem, tecnicamente, na sua maioria absoluta.
Os dirigentes também se mostram incapazes, tanto que não se chega a um acordo para a criação da Liga dos Clubes brasileiros e a CBF continua muito mal dirigida.
Os treinadores da nova geração também fracassaram, tanto que a maioria dos times da Série A do Brasileirão é comandada por técnicos estrangeiros. As arbitragens se constituem em desastre à parte, com VAR e tudo.
É dura a atual realidade dessa geração perdida, provocando desencanto nos apaixonados torcedores que, pouco a pouco, devem estar percebendo que o dinheiro está muito acima da dedicação pela arte de jogar ou do respeito pela camisa que se veste.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...