Morreu Paulo Vecchio, um colecionador de títulos
Paulo Roberto Vecchio, gaúcho de Porto Alegre, iniciou a vitoriosa carreira de jogador no Internacional, mas foi no futebol paranaense que se consagrou como grande craque.
Formou na equipe campeã de 1962 pelo Londrina, em histórica decisão do título com o Coritiba – naquele tempo o campeão da zona sul decidia o campeonato com o campeão da zona norte – e seguiu em frente.
Contratado pelo Ferroviário, presidido por Hipólito Arzua e com Geraldino como treinador, Paulo Vecchio sagrou-se bicampeão paranaense em 1965-66, quebrando a hegemonia do futebol nortista que havia conquistado os títulos de 1961 com o Comercial, de Cornélio Procópio; Londrina em 1962 e o bi do Galo do Norte em 1963-64.
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Ele formou no célebre time do Ferroviário que contava, entre outros, com o goleiro Paulista, zagueiros Fernando Knaipp e Celso, meia Martins e os atacantes Bidio e Humberto.
Transferido para o Coritiba, entrou para a história como o autor do gol do título de 1968, na Vila Capanema, no último segundo do antológico Atletiba decisivo.
O Coxa era presidido por Evangelino Neves, com Munir Calluf como diretor de futebol e Francisco Sarno como técnico.
Na jogada imortal, Paulo Vecchio subiu mais do que o zagueiro bicampeão mundial Bellini e surpreendeu o goleiro Gil decretando o triunfo coxa-branca no mais eletrizante Campeonato Paranaense de todos os tempos.
Voltou a ser campeão pelo Coritiba em mais três oportunidades – 1969, 1971 e 1972 – assinalando 15 gols em 67 jogos. Nada mal para um segundo volante de alta categoria técnica. Paulão faleceu sexta-feira de uma parada cardiorrespiratória aos 80 anos de idade.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...